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Sindicato previa falta de combustível em MG se greve continuasse

Moristas fazem fila em posto de gasolina em Belo Horizonte no primeiro dia de paralisação dos caminhoneiros que transportam combustíveis em protesto pela alta dos preços - RAMON BITENCOURT/ESTADÃO CONTEÚDO
Moristas fazem fila em posto de gasolina em Belo Horizonte no primeiro dia de paralisação dos caminhoneiros que transportam combustíveis em protesto pela alta dos preços Imagem: RAMON BITENCOURT/ESTADÃO CONTEÚDO

Andréia Martins

Do UOL, em São Paulo

26/02/2021 16h07Atualizada em 26/02/2021 23h41

Motoristas de Belo Horizonte fizeram filas em vários postos de gasolina da capital mineira hoje com medo da falta de combustível. Ontem, caminhoneiros que transportam combustíveis iniciaram uma paralisação em Minas Gerais contra a alíquota do ICMS do diesel do estado, que hoje é de 15%.

A greve foi suspensa na noite de hoje após uma reunião entre a categoria e representantes do governo do estado.

Mais cedo, porém, Irani Gomes, presidente do Sindtanque-MG (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais) havia previsto a possibilidade de desabastecimento do estado: "Se continuar por mais um ou dois dias, o estado ficará desabastecido, o que pode afetar inclusive o aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), em Belo Horizonte".

Gomes afirmou que essa é uma briga antiga do sindicato, "mas entra governo e sai governo não conseguimos a redução".

Segundo o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais), a paralisação já chegou a afetar o abastecimento dos postos de combustíveis na região metropolitana de Belo Horizonte e em cidades que realizam o carregamento nas bases próximas à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim.

"Já há dificuldades para fazer pedidos juntos às distribuidoras de combustíveis e abastecer os caminhões próprios nas bases, em virtude do bloqueio da entrada e saída de veículos pelos grevistas. Caso a greve permaneça nas próximas horas, certamente haverá falta de produtos em grande parte dos postos de combustíveis do estado", diz a nota.

O SindTanque-MG estima que 300 caminhões que fazem o abastecimento dos postos tenham ficado parados hoje, metade da frota total. O grupo afirmou durante a tarde que tentava abrir um canal de comunicação com o governo do estado. O UOL entrou em contato com a Secretaria da Fazenda do estado de Minas Gerais para confirmar a informação, mas não teve resposta.

Segundo o UOL apurou na última quarta-feira, a paralisação foi decidida depois de uma reunião entre o SindTanque e o governo de Minas Gerais, que não aceitou reduzir o imposto. O sindicato acrescenta que os seguidos aumentos nos preços de combustível tornou impraticável a atividade.

A alíquota de diesel em Minas Gerais é de 15%, enquanto a de gasolina e etanol são, respectivamente, de 31% e 16%, segundo informações da Secretaria da Fazenda. O órgão explicou ainda que as mudanças de preço de combustíveis não ocorrem devido ao ICMS, e sim à política de preços da Petrobras.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado na primeira versão, a alíquota do ICMS no etanol é de 16%, e não 15%. A informação foi corrigida.