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Guedes nega saída do governo: 'Entro no mercado, as pessoas me agradecem'

"Vejo isso aqui [cargo de ministro] como um compromisso com 200 milhões de brasileiros", disse Guedes - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
"Vejo isso aqui [cargo de ministro] como um compromisso com 200 milhões de brasileiros", disse Guedes Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

12/03/2021 20h06Atualizada em 12/03/2021 20h48

O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou hoje que esteja de "aviso prévio" ou pensando em deixar o governo. Segundo ele, sua única preocupação é a população brasileira, e uma eventual demissão aconteceria apenas se sentisse que não pode mais ser "útil" ao país ou por vontade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Vejo isso aqui [cargo de ministro] como um compromisso com 200 milhões de brasileiros", disse Guedes em evento virtual do site JOTA. "Enquanto eu sentir que estou ajudando... Eu entro no supermercado, as pessoas me agradecem. Às vezes falam: 'Olha, nós rezamos pelo senhor, estamos sentindo o que o senhor está fazendo por nós'. Isso me recompensa mais que qualquer elogio."

O ministro também reforçou ser liberal e crítico do dirigismo (intervencionismo), e disse que só consideraria deixar o cargo se sentisse que o Brasil está tomando o "caminho da confusão".

"O nosso caminho é o da prosperidade. Se começar a ir para o caminho da confusão, da desorganização da economia... Não contem comigo para promover a desorganização da economia", afirmou, acrescentando não ter vaidade ou aspirações financeiras porque "já está resolvido nisso".

O que eu digo é o seguinte: não vou sair no grito, não adianta ofender. Estou mais preocupado com os 200 milhões de brasileiros do que com os militantes que ficam atacando e inventando narrativas falsas. Eu saio se não puder ser útil ao Brasil mais, seja por falta de confiança do presidente, seja porque nós estamos indo para o caminho errado.
Paulo Guedes, ao negar saída do governo

Inflação 'generalizada', auxílio menor

Guedes ainda defendeu o valor médio estipulado para a nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial, de R$ 250, argumentando não ser possível "dar um cheque em branco" porque a inflação e os juros podem disparar.

"Se fizermos isso [dar um auxílio maior], a inflação, que está subindo rapidamente, vai passar de 6% [ao ano] até julho. Por enquanto está setorial, mas está começando a ficar generalizada. Aí ela vai embora, vai para 7%, 8%. Juro vai para 9%, 10% [ao ano]. Aí o Brasil começa a entrar em colapso por falta de compromisso com o protocolo fiscal", explicou.

No mês passado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — que mede a inflação oficial no país — acelerou a 0,86%, após fechar em 0,25% em janeiro. Foi o maior resultado para fevereiro desde 2016, quando o índice registrado foi de 0,9%.

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