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'Fecha e abre se mostrou inviável', diz associação de shoppings

Funcionária mede a temperatura de frequentadores na entrada do Shopping Interlagos, em São Paulo  - Felipe Pereira/UOL
Funcionária mede a temperatura de frequentadores na entrada do Shopping Interlagos, em São Paulo Imagem: Felipe Pereira/UOL

Colaboração para o UOL

16/04/2021 15h56

Após o governo de São Paulo anunciar o início da chamada "fase de transição", que consiste na reabertura gradual de atividades como comércio e serviços, o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, disse que o setor está "pagando a conta" da pandemia e que "essa solução de fecha e abre se mostrou inviável".

Em entrevista à CNN, Humai afirmou que uma possível solução para mitigar os prejuízos seria a realização de rodízio no funcionamento dos setores.

"Nossa tese é que mais de 60% da economia continua funcionando. O comércio e o serviço estão sendo prejudicados, pagando a conta da pandemia. Só em São Paulo, desde o ano passado, os shoppings ficaram fechados 126 dias e mais 250, 260 funcionando com restrição. Essa solução de fecha e abre se mostrou inviável. Temos algumas propostas. Talvez uma delas seja o rodízio entre os setores, principalmente porque nós vamos sendo fechados e não há uma política robusta de ajuda aos lojistas", criticou.

A fase de transição paulistana vai durar 15 dias. Neste domingo (18), comércios e atividades religiosas estão autorizadas a funcionar em horário e com capacidade reduzidos.

Já na próxima semana, dia 24, é a vez de restaurantes, salões de beleza e academias retomarem o funcionamento, com as mesmas regras.

Humai avaliou que é viável, nos próximos dias, uma maior flexibilização nos horários de operação.

"Há muito que evoluir. 25% de ocupação é extremamente baixa para o protocolo de atendimento que a gente tem em shopping. O horário é reduzido e entendemos que podemos avançar em breve", destacou.

Sobre a concessão de abatimento nos aluguéis das lojas, o presidente da Abrasce afirmou que a associação mantém diálogo constante com o segmento.

"Esse é um tema diário que nós lidamos. No ano passado despendemos mais de R$ 6 bilhões em ajuda aos lojistas. Claro que esse ano, dada a dimensão temporal da crise, o nosso caixa é menor, mas negociações são frequentes para que possamos passar juntos por esses problemas", finalizou.