71% da população vê economia melhorar somente a partir de 2022, diz CNI
Ao menos 71% da população brasileira vê a economia melhorar somente a partir do próximo ano, segundo a pesquisa "Os brasileiros, a pandemia e o consumo", encomendada ao Instituto FSB Pesquisa pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A segunda onda da pandemia e o ritmo da campanha de vacinação no país influenciaram o resultado.
Segundo a pesquisa, 83% dos entrevistados consideram o ritmo de vacinação no Brasil lento e 35% das pessoas que ainda não foram imunizadas não tem expectativa de tomar a vacina esse ano. Os dados mostram aumento de dez pontos percentuais no pessimismo do brasileiro em um intervalo de nove meses. Do total de entrevistados, 9% tomaram a primeira dose da vacina e 6% as duas doses.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que a aceleração da vacinação dos brasileiros contra a covid-19 é imprescindível para o combate à pandemia. "A rápida execução do Plano Nacional de Imunização - respeitando a ordem dos grupos prioritários - permitirá que a população brasileira possa, enfim, contar com a proteção contra essa doença que tem trazido enorme custo humano para o país e o mundo", diz.
Brasileiros viram a renda diminuir na pandemia
A pesquisa mostra que 32% dos trabalhadores viram sua renda diminuir e 14% perderam totalmente a renda nos últimos 12 meses. Apenas 10% registraram aumento.
Diante desse cenário, 71% da população afirma ter reduzido os gastos desde o início da pandemia. Desses, 30% perderam parte ou toda a renda, 38% se dizem inseguros com o futuro e 27% culpam o fechamento do comércio. 5% não respondeu.
O medo de perder o emprego, no entanto, foi menor em relação a 2020. Neste ano, 41% disseram ter medo grande ou muito grande de ficar sem trabalho. No ano passado, eram 48% em maio e 45% em julho.
Maioria da população é a favor da abertura do comércio de rua
Do total de entrevistados, 61% responderam que são a favor da abertura do comércio de rua. No ano passado eram 49%. Caiu de 72% para 49% o número de pessoas contrárias à abertura de escolas e universidades. 51% não aprovam a abertura de salões de beleza e 57% aprovam o fechamento de shoppings.
A CNI entrevistou 2.010 pessoas entre 16 e 20 de abril deste ano. A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
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