Veja quais são os golpes bancários mais comuns e como se proteger
Você já sofreu um golpe - ou uma tentativa de golpe - virtual? Não está só. Por dia, mais de 17 mil golpes financeiros são aplicados no Brasil. Só em 2021, já foram registradas mais de 1,6 milhão de tentativas. O golpe mais comum da lista é o bancário, vindo atrás da clonagem de Whatsapp, segundo levantamento do laboratório de cibersegurança da PSafe.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os golpistas usam engenharia social -métodos para manipular pessoas e obter dados pessoais, corporativos ou que comprometam sistemas de computadores e celulares.
Com a pandemia e o crescimento de transações virtuais, os golpes também aumentaram. Golpistas atraem vítimas com supostas promoções, falsas vagas de emprego e falso cadastramento em programas de auxílio do governo.
Golpes mais comuns
"O golpe que mais cresceu em 2021 foi o da falsa central telefônica ou falso funcionário, cuja incidência foi 342% maior do que no primeiro bimestre de 2020", diz Walter de Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban. Os dados são dos dois primeiros meses do ano.
O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento. O criminoso informa que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos. A partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima.
Outra fraude muito comum durante a pandemia é o golpe do falso motoboy, diz a Febraban. O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário de um banco dizendo que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo.
Para isso, diz o golpista, bastaria cortá-lo ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para uma perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações.
Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa para retirar o cartão na casa dos clientes.
Os meios mais comuns para golpes
Além das ligações telefônicas, há outros meios que fraudadores usam para conseguir informações pessoais das vítimas.
Sites falsos podem imitar páginas de grandes instituições ou ter conteúdo atrativo, que induzem a vítima a acreditar que são legítimos e a informar dados pessoais. E-mails apresentam conteúdos que levam a vítima a clicar em um link direcionando a um site falso. Links para resgatar o FGTS ou conseguir descontos são alguns exemplos.
As redes sociais também podem servir como um meio fácil para que fraudadores obtenham informações pessoais. Expor excessivamente a vida pessoal revela hábitos, lugares que costumamos frequentar e informações de trabalho.
Com essas informações, os golpistas podem chantagear a vítima ou se passar por ela para enganar amigos e familiares e pedir dinheiro.
O que fazer
"Os impactos de golpes virtuais podem ser muito grandes para uma pessoa. Com o roubo dos nossos dados, o fraudador pode criar novas contas ou fazer compras em nosso nome, gerar empréstimos que não solicitamos e pagamento de contas que não nos pertencem", afirma Cláudia Zambon, professora da Uniasselvi, de Santa Catarina.
"É uma situação desgastante e que pode acarretar em gastos extras, como custos de advogados para provar que não efetuamos essas transações."
Para evitar os golpes, é importante comprar apenas em sites confiáveis e verificar se o site contém selo de certificação de compra segura. Evitar clicar em links enviados por perfis desconhecidos e desconfiar de promoções com preços muito abaixo do mercado também são dicas valiosas.
"É fundamental que as pessoas redobrem a atenção ao compartilhar seus dados pessoais e financeiros", diz Faria.
Caso você tenha caído em um golpe virtual, é importante buscar entender o que aconteceu. Também é importante trocar todas as senhas, de aplicativos de compras, bancos, emails e redes sociais e verificar todas as transações financeiras realizadas após o golpe para ter certeza de que suas contas continuam preservadas, e avisar o banco.
"Caso encontre alguma divergência ou movimentação anormal, também é importante registrar um boletim de ocorrência com urgência", declara Zambon.
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