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Salário mínimo em abril deveria ter sido de R$ 5.330,69, diz Dieese

O valor ideal representa 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00 - Getty Images
O valor ideal representa 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00 Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

07/05/2021 12h34

O salário mínimo ideal para que uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, pudesse se sustentar deveria ter sido de 5.330,69, em abril, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O valor ideal representa 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. Em março, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.315,74 ou 4,83 vezes o piso em vigor.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em abril, ficou em 110 horas e 38 minutos, maior do que em março, quando foi de 109 horas e 18 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, na média, 54,36% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em março, o percentual foi de 53,71%.

O cálculo é feito com base na cesta básica mais cara do país entre 17 capitais pesquisas. No mês passado, o conjunto de alimentos básicos custou mais em Florianópolis (R$ 634,53). A cesta básica mais barata foi registrada em Salvador (R$ 457,56).

As maiores altas foram registradas em Campo Grande (6,02%), João Pessoa (2,41%), Vitória (2,36%) e Recife (2,21%). As capitais onde ocorreram as quedas foram Belém (-1,92%) e Salvador (-0,81%).

A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 634,53), seguida pelas deSão Paulo (R$ 632,61), Porto Alegre (R$ 626,11) e Rio de Janeiro (R$ 622,04). Entre as cidades do Norte e Nordeste, a cesta com menor custo foi a de Salvador (R$ 457,56).

Em 12 meses, ou seja , comparando o custo em abril de 2020 e abril de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. As maiores taxas foram observadas em Brasília (24,65%), Florianópolis (21,14%), Porto Alegre (18,80%)e em Campo Grande (18,27%)

Confira o preço médio da cesta básica em 17 capitais, segundo o Dieese:

Florianópolis: R$ 634,53 (0,28%)

São Paulo: R$ 632,61 (1,06%)

Porto Alegre: R$ 626,11 (0,44%)

Rio de Janeiro: R$ 622,04 (1,55%)

Vitória: R$ 610,98 (2,36%)

Brasília: R$ 587,33 (1,13%)

Belo Horizonte: R$ 565,78 (1,82%)

Curitiba: R$ 583,61 (1,12%)

Goiânia: R$ 556,27 (0,76%)

Campo Grande: R$ 586,26 (6,02%)

Fortaleza: R$ 525,26 (1,59%)

Belém: R$ 505,87 (-1,92%)

João Pessoa: R$ 490,04 (2,41%)

Salvador: R$ 457,56 (-0,81%)

Recife: R$ 471,52 (2,21%)

Natal: R$ 478,23 (0,14%)

Aracaju: R$ 469,66 (0,19%)