SuperVia, operadora de trens urbanos no Rio, pede recuperação judicial
A SuperVia, que opera o serviço de trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro, entrou ontem com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio. Desde março de 2020, a empresa alega que acumula uma perda financeira de mais de R$ 474 milhões como resultado do surto da covid-19, que reduziu o número de passageiros em mais de 102 milhões até 2 de junho de 2021.
"Com agravamento da pandemia e da crise econômica e social do Rio de Janeiro, a recuperação total do fluxo de passageiros está prevista apenas para 2023", disse a SuperVia em comunicado.
O serviço de trens, que transportava 600 mil passageiros por dia no período pré-pandemia, apresenta um fluxo diário estabilizado pela metade atualmente, em 300 mil passageiros. A concessionária estima que precisa de uma média diária de 450 mil passageiros para cobrir custos de operação.
Com dívidas que somam R$ 1,2 bilhão, a companhia tem como principais credores o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Light, que juntos têm a receber cerca de 85% do total devido pela concessionária, segundo reportagem do Valor Econômico, que cita que outra parte relevante do endividamento está em debêntures de infraestrutura.
Durante a recuperação judicial da SuperVia, o escritório Galdino & Coelho presta assessoria jurídica, enquanto Alvarez & Marsal cuida da assessoria econômica, diz o Valor.
A companhia é controlada pela Gumi (Guarana Urban Mobility Incorporated Brasil), consórcio formado pela japonesa Mitsui e West Japan Railway Company, além de um fundo japonês.
Em 13 de abril, a Agetransp (Agência Reguladora dos Transportes do Estado do Rio de Janeiro) reconheceu a responsabilidade do poder concedente em promover o ressarcimento emergencial à Supervia de R$ 216 milhões, valor correspondente à complementação dos custos mínimos da concessionária para garantir a manutenção da operação durante a pandemia.
* Com informações da Reuters
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