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Cannes debate diversidade, emergências climáticas e agenda antirracista

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Imagem: Reprodução

GoAd Media*

23/06/2021 19h05

Hoje (23), terceiro dia do Cannes Lions 2021, o Brasil conquistou dois Grand Prix: um na categoria Entertainment Lions for Music, com a campanha "Parada no Feed", e outro em Entertainment Lions for Sport, com "Salla 2032".

São projetos que giram em torno de grandes desafios da sociedade contemporânea, diversidade e emergência climática, e refletem um movimento que, cada vez mais, tira o foco dos produtos e enfoca questões sociais e ambientais urgentes.

Nesse contexto podem ser destacadas, também, duas iniciativas brasileiras, com foco em diversidade e inclusão, que foram apresentadas na grade de conteúdo do festival.

No painel Making Space: A Visual Poetry Journey, a carioca Ingrid Silva, primeira bailarina do Dance Theatre of Harlem, em Nova York (EUA), abordou o racismo no universo da dança e destacou a importância da representatividade.

"Quando comecei a dançar, não havia ninguém que se parecesse comigo em uma companhia profissional. Espero que a nova geração de dançarinos possa me ver como inspiração", afirmou. Uma das iniciativas da bailarina para divulgar o trabalho de profissionais negros é o projeto Blacks in Ballet, lançado durante a pandemia de Covid-19.

No Cannes Lions, ela também discutiu os traumas desencadeados pelo racismo sistêmico, tema do curta Skin Deep, que conquistou Leão de Ouro na categoria Health & Wellness. O projeto foi desenvolvido pela EmpowHer NY, entidade fundada pela bailarina para promover o empoderamento feminino, em parceria com a agência The Bloc.

Inclusão de pessoas transgêneras

A inclusão de pessoas transgêneras foi tema de outro projeto brasileiro destacado pelo Cannes Lions: a campanha I Am, criada pela VMLY&R para a Starbucks. O projeto transformou uma loja da marca em cartório, onde pessoas trans podiam solicitar a emissão de um nova certidão de nascimento, com o seu novo nome.

"Todos nós chegamos a um ponto em que nós questionamos: o que mais poderíamos estar fazendo? O que mais deveríamos estar fazendo?", declarou Claudia Malaguerra, diretora geral da Starbucks Brasil.

"Grandes marcas no Brasil não costumam trabalhar com embaixadores trans. Precisamos de mais espaço e visibilidade no mercado", enfatizou a modelo Valentina Sampaio, que conduziu a sessão apresentada no festival.

*Parceiro do UOL, a GoAd Media produz de conteúdo para o mercado de comunicação e marketing