Presidente da Eletrobras prevê investir R$ 200 bilhões com privatização
Após a aprovação da MP (Medida Provisória) que permite a privatização da Eletrobras no Congresso, o presidente da estatal, Rodrigo Limp, disse em entrevista ao jornal O Globo que a empresa investirá R$ 200 bilhões até 2035. Ele também antecipou demissões na empresa.
O presidente se mostrou otimista nos investimentos da Eletrobras após a privatização. Ele acredita que, "por não termos mais as amarras de uma estatal", a empresa se tornará mais competitiva. "Vamos investir R$ 200 bilhões até 2035 com a privatização. Em média, é R$ 13 bilhões por ano. Sem a capitalização, seria menos da metade, R$ 95 bilhões", afirmou.
A privatização está prevista para fevereiro de 2022 e, até lá, o presidente terá que tomar decisões para reduzir custos e possibilitar a mudança. Uma das medidas será reduzir de 80 SPEs (Sociedades de Propósito Específico) para 49 SPEs.
Outra mudança será no quadro de funcionários. "Devemos reduzir de um pouco mais 12 mil para 11.600", disse Limp. As demissões, a princípio, deverão ser feitas de forma voluntária. "O grande desafio da Eletrobras não é reduzir pessoal. Temos sim necessidade de rejuvenescer quadros. O último concurso da holding foi em 2010", completou.
O presidente afirmou que a empresa não perderá seu negócio principal, que é geração e transmissão de energia. No entanto, Limp falou ser necessário ficar atento a novas oportunidades e ao dinamismo do setor.
"A grande fonte da Eletrobras é a hidrelétrica, mas queremos diversificar com eólica, solar e nuclear", disse. Apesar das mudanças, o presidente não acha que a decisão pesará no bolso dos brasileiros. "Não vejo o saldo da MP gerando aumento do custo para o consumidor. Ao contrário", opinou.
Limp foi questionado sobre a possibilidade de que a MP de privatização vá parar na Justiça. Podem ser contestados judicialmente, por exemplo, a inclusão de "jabutis" - pontos estranhos ao tema principal da MP. "Não vejo motivo para suspender. O que foi incluído na MP estava dentro da legitimidade do Congresso e temos ainda que esperar a sanção do projeto pelo Poder Executivo."
O presidente ainda disse que a crise hídrica atual é "gravíssima", mas que o governo já está tomando as medidas necessárias. "E a Eletrobras vai ser fundamental, pois é responsável por 30% da geração e 45% da transmissão", completou.
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