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CNC se manifesta contra a tributação de lucros e dividendos

A Câmara dos Deputados adiou pela segunda vez a votação da reforma do IR (Imposto de Renda) - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados adiou pela segunda vez a votação da reforma do IR (Imposto de Renda) Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Colaboração para o UOL

17/08/2021 21h26

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgou uma nota nesta terça-feira (17) em que se manifesta contra a tributação de lucros e dividendos, no âmbito da reforma do IR (Imposto de Renda).

Segundo a entidade, "a proposta, se aprovada, vai acarretar um aumento direto da carga tributária e afastar os investidores do país".

"A CNC é contra qualquer tipo de tributação de lucros e dividendos, porque vai inibir investimentos, é uma punição para o empresário que, depois de superar todas as dificuldades de empreender no Brasil, dar empregos, gerar renda, contribuir para a economia, vê seu lucro taxado em 20%. Isso vai inviabilizar os investimentos e prejudicar o País", afirma Leandro Domingos, vice-presidente Financeiro da CNC.

Câmara adia votação de reforma do IR

A Câmara dos Deputados adiou hoje pela segunda vez a votação da reforma do IR. Um requerimento para retirada de pauta da proposta foi aprovado com 390 votos favoráveis e 99 contra.

Segundo o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), o impasse para a análise do texto está no pleito dos parlamentares para escalonar a tributação de dividendos e o impacto dessa mudança nos repasses de recursos para os municípios.

Como mostrou o UOL, a Frente Parlamentar Brasil Competitivo defende que o projeto defina uma transição na cobrança do imposto sobre lucros e dividendos.

Segundo Barros, os deputados defendem que a tributação de lucros e dividendos tenha a alíquota de 10% em 2022 e passe para 20% em 2023. A proposta do governo e do relator do projeto, Celso Sabino (PSDB-PA), é de que a alíquota de 20% passe a valer a partir do próximo ano.