Servidores protestam contra reforma administrativa em frente à casa de Lira
Um protesto reuniu hoje entidades sindicais e movimentos sociais, que realizaram um ato público em frente ao apartamento onde mora o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na orla da praia de Pajuçara, em Maceió.
O ato faz parte da greve geral dos servidores municipais, estaduais e federais em protesto contra a reforma administrativa prevista na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 32/2020.
Com faixas, cartazes, bandeiras e até uma batucada, os manifestantes protestam contra Arthur Lira, que já adiantou que levará a PEC para votação no plenário até o final de agosto.
Um carro de som também esteve na porta do prédio. Lira, porém, está em Brasília.
"Fomos lembrar ao Arthur Lira que ele preside a Câmara Federal, representa o povo brasileiro. Ele não está lá para ser menino de recado dos interesses de Bolsonaro. É vergonhoso que o deputado simplesmente ignore os vários pedidos de impeachment protocolados e não cumpra o papel fiscalizador do poder Legislativo", explica a servidora federal e sindicalista Lenilda Luna, uma das líderes do protesto de hoje.
Também no ato, as entidades também protestaram contra os ataques à democracia, as mortes pela covid-19, as privatizações e o desemprego de mais de 14 milhões de pessoas.
Em nota divulgada ontem, os manifestantes salientaram que a reforma administrativa "acaba com o concurso público, elimina a estabilidade dos servidores, reduz os salários, põe fim à paridade, as progressões, promoções e retroativos, elimina o Regime Jurídico Único e permite a perda do cargo público".
Outros protestos
Além deste protesto, as centrais sindicais programam outros atos para hoje, dia da greve geral dos servidores municipais, estaduais e federais. Ao todo, foram mobilizadas pessoas em cidades de 19 estados brasileiros e no Distrito Federal.
O movimento também protesta contra medidas trabalhistas em tramitação no Congresso e o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os servidores ainda pontuaram "desmandos do governo Bolsonaro" que, segundo eles, "retira direitos e ataca a democracia". Citam os mortos por covid-19, a quantidade de desempregados, além do preço dos alimentos e a quantidade de pessoas passando fome no país.
Para as entidades, "Lira ajuda Bolsonaro a prejudicar a população com o fim dos serviços públicos e gratuitos, como o SUS, Educação, Saúde, Segurança, entre outros".
O protesto faz coro contra a privatização dos Correios, Eletrobras e Petrobras, e contra a MP (Medida Provisória) 1.045. Essa última que foi aprovada pela Câmara e renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornadas de trabalho, além de embutir itens que criam uma espécie de 'minirreforma trabalhista'.
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