Dupla é presa suspeita de roubar R$ 1 milhão em golpes no ES
Duas pessoas foram presas suspeitas de roubar R$ 1 mihão de dez vítimas no Espírito Santo. A dupla é investigada por aplicar o golpe do "falso trading", convencendo empresários e pessoas físicas a fazerem aplicações no mercado financeiro, em que supostamente teriam rendimentos mensais de 10%.
Para que as vítimas não percebessem rapidamente que haviam sido enganadas, os golpistas chegavam a ressarci-las parcialmente, antes de sumir com o resto do dinheiro. O líder do esquema seria um homem de 34 anos, identificado como Felipe "Trader", que continua foragido. Os detidos em uma operação da Polícia Civil de João Neiva (ES) foram Aline Carlesso, de 29 anos, mulher do suposto chefe da organização, e um homem de 36 anos, que não teve a identidade revelada.
"Os golpistas criaram um aplicativo que permite que a vítima acesse a suposta conta do investimento, digitando senha, para acompanhar o rendimento do dinheiro e, se quiser, sacar os fatores. Ocorre que esse aplicativo não tinha lastro no mercado, ele era manipulado pelos criminosos, e os valores que eram adicionados a título de 'lucro' não eram reais", explicou o titular da Delegacia (DP) de João Neiva, Leandro Sperandio, à assessoria da Polícia Civil capixaba.
As vítimas atingidas pelo golpe moram em João Neiva, Ibiraçu e Aracruz, no norte do Espírito Santo. Os dois suspeitos foram presos ontem na mesma região.
Felipe "Trader" tinha uma sala comercial alugada em Vitória onde atendia os clientes interessados no investimento. De início, eles costumavam aplicar valores menores, ainda desconfiados da credibilidade do esquema, mas com o tempo, ao acompanhar os valores retornados pelo aplicativo, os valores iam aumentando, detalha a investigação.
As primeiras denúncias contra o grupo aconteceram no início de 2020. Alguns dos denunciantes não receberam nada do dinheiro supostamente investido. O homem preso hoje seria responsável por captar os clientes para o chefe. Já a mulher receberia parte dos valores em sua conta bancária.
A advogada de Aline, Priscila Benichio, afirmou à TV Gazeta, afiliada local da TV Globo, que até o momento nada apontou que a mulher participou ou soubesse das negociações e que a prisão dela foi arbitrária. Após depoimento, a companheira de Felipe foi liberada.
"As investigações demonstram que há alguns anos ele fazia grupos em aplicativos de conversa que juntavam dezenas de pessoas, sendo que cada uma realizava pequenas aplicações nos valores de trezentos, quinhentos e mil reais", completa o delegado.
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