Relator quer isentar de IR quem ganha até R$ 5.000; governo propôs R$ 2.500
O relator da reforma do Imposto de Renda no Senado Angelo Coronel (PSD-BA) disse que pretende apresentar uma proposta para elevar a faixa de isenção do IR para R$ 5.000 por mês. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o senador disse que a medida elevaria para 25 milhões o número de pessoas contempladas pela isenção.
O projeto aprovado pela Câmara prevê isenção para quem ganha até R$ 2.500 por mês valor que foi proposto pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido). Hoje, a faixa de isenção vai até R$ 1.903,98. Durante a campanha eleitoral, em 2018, Bolsonaro havia prometido subir a faixa de isenção para cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 5.500. O relator pretende entregar o parecer até o início de novembro à Comissão de Assuntos Econômicos da Casa.
"Espero emplacar e aumentar a faixa de isenção até R$ 5.000 por mês. Sairíamos de 16 milhões de pessoas que estão até a faixa de R$ 2.500 para em torno de 25 milhões. A mudança aprovada na Câmara é muito pequena. Há casos em que a pessoa tem uma economia de R$ 7 por mês. É praticamente insignificante", disse.
A reforma do IR é tida —ao lado da PEC dos precatórios— como uma alternativa para se custear o novo programa social com o qual o governo pretende substituir o Bolsa Família, o Auxílio Brasil.
Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a Casa quer votar "o mais rapidamente possível" as propostas do pacote tributário, citando nominalmente a reforma do Imposto de Renda e a Proposta de Emenda à Constituição que prevê a unificação dos tributos.
Segundo Angelo Coronel, existe tempo suficiente para que a tramitação da reforma do Imposta de Renda seja concluída ainda neste ano.
"Na questão do Imposto de Renda, tem a anualidade, para entrar em vigor em 2022 tem de aprovar até o fim deste ano. Teremos tempo folgado para ser pautado, aprovado e ainda ir para a Câmara referendar, ou não, as mudanças do Senado", disse.
*Com informações da Agência Reuters.
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