Guedes fala que vai ao STF para provar que não atuou em causa própria
A defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que vai protocolar uma petição na PGR (Procuradoria-Geral da República) e no STF (Supremo Tribunal Federal) para esclarecer questões relacionadas ao suposto conflito de interesses relacionados a sua participação em offshores,
Offshore é um termo usado para designar empresas fora do país de origem do dono, em geral com sede em paraísos fiscais.
"Para espancar qualquer dúvida sobre a atuação legal e ética em sua vida pública e privada, Paulo Guedes juntará todas as informações necessárias para demonstrar a licitude e a conformidade de suas atividades com o Código de Conduta da Administração Federal e da Lei de Conflitos de Interesses", afirmaram os advogados do ministro, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.
Segundo eles, os documentos vão mostrar "de forma definitiva" que Guedes "jamais atuou ou se posicionou de forma a colidir interesses públicos com privados". Eles argumentam que o ministro não enviou ou retirou dinheiro do exterior desde que assumiu o cargo.
[Paulo Guedes] jamais se beneficiou no âmbito privado de qualquer política econômica brasileira.
Defesa do ministro Paulo Guedes em nota à imprensa
Os advogados ainda reiteraram que Guedes declarou sua offshore à Receita Federal e aos demais órgãos competentes no início do mandato e atacaram a investigação que divulgou a existência da offshore do ministro nas Ilhas Virgens Britânicas: "Mais uma vez, criam-se ilações e mentiras, a partir da violação de informações fiscais sigilosas de veículo de investimento legal e declarado, com o único objetivo de criar um factóide político", afirmou a defesa.
Neste domingo, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) divulgou que autoridades e personalidades de diversos países possuem empresas e dinheiro investido em paraísos fiscais em uma investigação que foi chamada de Pandora Papers. No Brasil, destacam-se os nomes de Paulo Guedes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, porque ambos exercem influência na política econômica brasileira e poderiam lucrar em decorrência direta de medidas adotadas por eles.
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