Manifestantes picham e pintam Ministério da Economia em ato contra Guedes
Em ato contra a atuação do ministro Paulo Guedes, manifestantes ligados ao MST (Movimento dos Sem Terra) se concentraram em frente ao Ministério da Economia hoje. De manhã, outros grupos sociais estiveram no local promovendo um outro ato contra o representante da economia.
Os integrantes do MST chegaram ao local, onde fica o gabinete do ministro, gritando palavras de ordem.
Na entrada do ministério, os manifestantes jogaram dinheiro falso, enquanto do lado de fora alguns manifestantes pichavam a lateral do ministério.
"Guedes no paraíso e o povo no inferno. Guedes lucra com a fome", escreveram.
O UOL entrou em contato com a assessoria do Ministério da Economia e aguarda um posicionamento.
CUT e outros grupos
No período da manhã, manifestantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outros grupos ligados a movimentos sociais promoveram um ato no mesmo local.
Papéis de dólares falsos ensanguentados foram espalhados pelos manifestantes que tentaram cobrar de Guedes explicações sobre a offshore em paraíso fiscal, divulgada pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), no âmbito do projeto da "Pandora Papers".
"O escândalo surge no momento em que o Brasil passa por uma das mais severas crises sanitárias, econômicas e institucionais que esbarra em uma atuação inerte do Ministério da Economia, que não tem trabalhado para a melhoria da qualidade de vida da população. Nem mesmo uma das principais promessas de Guedes, o tal crescimento em V, foi cumprido", declarou a integrante da coordenação nacional do MST pela juventude Jailma Lopes, em comunicado divulgado à imprensa
O grupo também chegou a levar levou ossos em alusão à miséria e à fome agravada pelo aumento no preço dos alimentos.
"O Brasil tem hoje cerca de 20 milhões de pessoas que passam fome. São mais de 14 milhões de brasileiros e brasileiras sem emprego. Uma realidade dura que atormenta as famílias diariamente, enquanto o ministro da economia lucra milhões de dólares com investimentos em paraísos fiscais no exterior", completa a integrante do MST.
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