Manifestantes promovem ato contra Guedes em frente a ministério

Manifestantes da CUT (Central Única dos trabalhadores) e de outros grupos ligados a movimentos sociais promoveram um ato em frente a um dos prédios do Ministério da Economia, onde está localizado o gabinete do ministro Paulo Guedes.
Com papeis de dólares falsos ensanguentados, os manifestantes tentaram cobrar do ministro explicações sobre a offshore em paraíso fiscal em nome de Guedes, divulgada pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), no âmbito do projeto da "Pandora Papers".
"O sangue derramado por esses dólares, o senhor vai pagar Paulo Guedes", afirmou um dos manifestantes ao microfone instalado no local.
O grupo também levou alguns ossos em alusão à miséria e à fome agravada pelo aumento no preço dos alimentos.
Segundo Paulo Barella, da CSP (Central Sindical e Popular), o sangue nos dólares é uma simbologia ao dinheiro que Paulo Guedes estaria ganhando "em detrimento da fome e da miséria no Brasil".
"Nos últimos dias foi anunciado que Paulo Guedes tem contas em paraísos fiscais. O problema concreto é que Paulo Guedes é ministro da economia é dita os rumos do Brasil. Na nossa opinião isso desrespeita a constituição e qualquer senso ético", afirmou.
O manifestante lembrou que o representante da economia já chegou a "desdenhar", segundo Barella, da alta do dólar, mas que, disse o manifestante, acabou beneficiando o ministro.
"Com investimento em dólar no exterior, em três anos como ministro, imagina quanto ele ganhou com isso", ironizou.
José Gozze, presidente nacional da Pública Central Sindical, entidade representativa dos servidores públicos, que atua contra a PEC n° 32, também conhecida como reforma administrativa, que tramita na Câmara, aproveitou o ato para condenar a proposta de reforma oferecida pelo governo federal.
"A PEC proposta pelo Guedes, que deveria estar trabalhando em favor do Brasil e não para fazer milhões. Como Arthur lira e o Centrão vão dar encaminhamento à reforma administrativa se Guedes está nessa situação?", questionou.
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