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Gasolina mais cara do país é registrada no RS por R$ 7,49 o litro, diz ANP

8.fev.2021 - Movimento em posto de gasolina no Rio de Janeiro - Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo
8.fev.2021 - Movimento em posto de gasolina no Rio de Janeiro Imagem: Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo*

20/10/2021 10h48Atualizada em 20/10/2021 11h09

O levantamento de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizado na semana de 10 a 16 de outubro mostrou que o preço mais caro de gasolina comum pago no país foi de R$ 7,49 no município de Bagé, no Rio Grande do Sul. O preço mais barato do mesmo item foi R$ 5,29 no município de Cotia, em São Paulo.

No Rio Grande do Sul, no total de 292 postos pesquisados, o preço médio da gasolina comum ficou em R$ 6,61.

Já os preços médios do etanol hidratado subiram em 18 estados e no Distrito Federal na semana passada, de acordo com o levantamento. Em outros 8 estados, os preços recuaram.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol subiu 0,92% na semana em relação à anterior, de R$ 4,775 para R$ 4,819 o litro.

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 4,627 o litro, alta de 1,38% ante a semana anterior.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol estadual, de R$ 4,592, foi registrado em Mato Grosso. Já o maior preço médio estadual foi registrado no Rio Grande do Sul, de R$ 6,277.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 3,57%. O estado com maior alta no período foi Roraima, onde o litro subiu 6,38% no mês.

Na apuração semanal, a maior alta de preço também foi observada em Roraima, com avanço de 3,11%, para R$ 5,635 o litro.

Possível falta de combustíveis

Mesmo com as altas dos combustíveis, no dia 9, a Petrobras aumentou em 7,2% no preço médio de sua gasolina para as distribuidoras, a 2,98 reais por litro, refletindo reajuste médio de 20 centavos/litro, declarou a empresa. Segundo a companhia, o reajuste da gasolina aconteceu após 58 dias de estabilidade.

A estatal confirmou ontem que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que teriam vindo acima de sua capacidade de produção, acendendo um alerta para distribuidoras, que apontaram para risco de desabastecimento no país.

A petroleira afirmou, em comunicado, que recebeu uma "demanda atípica" de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção, e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los.

Após as críticas pelo anúncio do não atendimento da demanda no próximo mês, a petroleira reiterou que não está descumprindo contratos, contrariando a reclamação de um grupo de distribuidoras. Segundo essas empresas, a estatal estaria impondo cotas de fornecimento de gasolina e óleo diesel para o mês que vem. O caso foi levado pelas distribuidoras à ANP.

Greve dos caminhoneiros

O presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, conhecido como Chorão, afirmou ao UOL News que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem 15 dias para escolher entre os acionistas da Petrobras ou os caminhoneiros, caso contrário acontecerá uma greve do setor a partir de 1º de novembro.

Na pauta dos caminhoneiros, estão itens como o cumprimento do valor mínimo do frete rodoviário, a aposentadoria especial para a categoria — aos 25 anos de trabalho — e a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis para reduzir a flutuação do diesel.

Chegou uma hora que o governo do presidente Jair Bolsonaro precisa escolher. Ou os acionistas ou os caminhoneiros e a classe média. Ele precisa escolher. Agora precisa escolher. Ele tem 15 dias para escolher.
Wallace Landim no UOL News

Chorão chegou a ironizar a posição do governo de ver uma ameaça vazia nas reivindicações dos trabalhadores.

Segundo apuração do Estadão, o governo federal vê a mobilização como ameaças feitas antes — e que mais uma vez não devem ser cumpridas.

*Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters