Bolsonaro defende auxílio a caminhoneiros e admite nova alta do combustível
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que uma nova alta dos combustíveis está por vir, e defendeu um auxílio de R$ 400 para os caminhoneiros.
"Deve ter outro aumento de combustível? Deve ter outro aumento de combustível. Não precisa ser mágico para descobrir isso aí, é só ver o preço do petróleo lá fora e quanto está o dólar aqui dentro", disse ele durante a transmissão ao vivo semanal nas redes sociais.
Ele não detalhou qual será a fonte dos recursos.
"Se não reajustar, falta. A inflação é horrível, é péssimo, mas pior ainda é o desabastecimento. Como está na iminência de um novo reajuste, o que buscamos fazer, acertado com a equipe econômica —alguns não queriam, outros acharam que era possível—, dar auxílio para caminhoneiro em havendo um novo reajuste. O que está decidido até o momento, R$ 400", continuou.
Mais cedo, o presidente havia prometido auxílio para 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar o aumento do diesel. O combustível subiu 37,5% em agosto na comparação com o mesmo período no ano passado.
Em pelo menos dois estados, Minas Gerais e Rio de Janeiro, caminhoneiros que transportam combustível pararam em protesto.
Na região de Campos Elíseos, no município de Duque de Caxias (RJ), os motoristas estão bloqueando o acesso de outros caminhões a bases de abastecimento. Já em Minas, todos os tanqueiros suspenderam as atividades e alguns deles estão concentrados na região da Refinaria Gabriel Passos, em Betim.
De acordo com o Sindcomb (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro), os manifestantes estão bloqueando o acesso às bases não para protestar contra as distribuidoras, mas, sim, contra a alta no preço do diesel e contra a política de preços da Petrobras, atrelada às variações do mercado internacional.
À Folha, representantes da categoria disseram não querer "esmola". O presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), José Roberto Stringasci, disse que os motoristas não recuarão das ameaças de fazer uma paralisação em 1º de novembro caso a política de preços continue a mesma.
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