Desemprego no Brasil cai a 13,2%, mas renda tem a maior queda da história
O desemprego no Brasil caiu para 13,2%, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no trimestre terminado em agosto. No término do mesmo trimestre em 2020, a falta de ocupação atingia 14,4% dos brasileiros.
Apesar da queda, o número atual representa 13,7 milhões de pessoas que não estão empregadas e buscam um emprego. O número de pessoas ocupadas foi de 90,2 milhões, um avanço de 4% em relação ao trimestre anterior, terminado em maio. Isso significa que 3,4 milhões de pessoas conseguiram uma ocupação no período.
Com isso, o nível de ocupação subiu 2 pontos percentuais para 50,9%: pouco mais de metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. O IBGE notou que as diminuições, em relação ao trimestre anterior e ao comparado de 2020, do rendimento real foram as maiores quedas percentuais da série histórica.
Renda média caiu
O rendimento médio real ficou em R$ 2.489, 4,3% menor do que o trimestre anterior de março a maio e com queda de 10,2% em comparação ao mesmo período de 2020. Foram as maiores quedas percentuais da série histórica, em ambas as comparações. A massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, ficou estável, atingindo R$ 219,2 bilhões.
"A queda no rendimento está mostrando que, embora haja um maior número de pessoas ocupadas, nas diversas formas de inserção no mercado e em diversas atividades, essa população ocupada está sendo remunerada com rendimentos menores. A ocupação cresce, mas com rendimento do trabalho em queda", afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Carteira assinada
O número de brasileiros atuando de forma autônoma também bateu recorde da pesquisa: agora são 25,4 milhões. A alta é de 4,3% (mais de 1 milhão de pessoas) em comparação trimestral e subida de 18,1% em contraste anual.
A taxa de trabalhadores informais cresceu em cerca de 1% de um trimestre para o outro, subindo para 41,1% da população ocupada (37,1 milhões de pessoas).
Outro índice que subiu na comparação do trimestre e do ano de 2020 para 2021 foi o de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, que inclui também profissionais domésticos.
Assim, 31 milhões de brasileiros estão nessa situação, com um aumento de 6,8% (2 milhões de pessoas) comparado ao mesmo trimestre de 2020 e 4,2% (1,2 milhão) frente ao trimestre fechado em maio de 2021.
Já o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado é 10,8 milhões, representando um aumento de 10,1% (987 mil pessoas) no fator trimestral e 23,3% (2,0 milhões) ante 2020. O IBGE notou que essas foram as maiores variações da série histórica na comparação anual.
"Parte significativa da recuperação da ocupação deve-se ao avanço da informalidade. Em um ano a população ocupada total expandiu em 8,5 milhões de pessoas, sendo que desse contingente 6,0 milhões eram trabalhadores informais", diz Beringuy.
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