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Bolsonaro diz que Petrobras vai começar a reduzir preço do combustível

13.set.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (PL), durante evento no Palácio do Planalto - Adriano Machado/Reuters
13.set.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (PL), durante evento no Palácio do Planalto Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em Brasília

05/12/2021 15h26Atualizada em 06/12/2021 09h43

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje ao site Poder360 que o preço do combustível no país deve cair nos próximos dias. Sem especificar os detalhes ou apresentar números a fim de embasar as declarações, Bolsonaro disse que a Petrobras está preparando o anúncio para esta semana.

"A Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível", disse ele na manhã de hoje antes de visitar um clube de Brasília.

O UOL procurou a assessoria de comunicação da estatal a fim de confirmar a possibilidade de queda no valor do combustível, porém não houve resposta até o momento. Um email com questionamentos foi enviado às 13h38.

Nos últimos dias, analistas do mercado financeiro e economistas têm especulado quanto a um possível corte no preço do combustível praticado nos postos pelo país.

Isso seria possível devido à queda no preço do barril de petróleo internacional, que fechou a semana ao custo de US$ 69,87 (Brent). A oscilação ocorreu na esteira dos temores globais com o avanço da nova cepa do coronavírus, a variante ômicron. Os preços praticados pela Petrobras seguem as cotações internacionais.

Somente em novembro, o petróleo do tipo Brent caiu 16,4%, enquanto o WTI caiu 20,8%, a maior queda mensal desde março de 2020 (mês em que as bolsas mundiais despencaram após o anúncio oficial da pandemia da covid-19).

O preço da gasolina tem provocado reclamações dos consumidores —um litro pode custar até R$ 8, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgada no mês passado.

Encher um tanque de 40 litros com gasolina corresponde a 11% do salário médio. Os valores coletados pelo UOL são referentes ao dia 15 de novembro, e foram convertidos para reais considerando a cotação do dia 18 de novembro na calculadora do Banco Central (US$ 1 = R$ 5,55).

Bolsonaro tem responsabilizado os governadores pela alta desenfreada dos combustíveis no país. Na visão dele, o problema está na incidência do ICMS, tributo estadual. As alíquotas do ICMS, porém, não mudaram. Segundo especialistas, o que puxa os preços são os reajustes feitos pela Petrobras, que, por sua vez, repassa aumentos na cotação do petróleo e do dólar.