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Eduardo Bolsonaro diz que China cria obstáculos para baixar preços

Frigoríficos brasileiros poderão voltar a exportar carne bovina in natura para o mercado americano - Paulo Whitaker/Reuters
Frigoríficos brasileiros poderão voltar a exportar carne bovina in natura para o mercado americano Imagem: Paulo Whitaker/Reuters

Do UOL, em São Paulo

15/12/2021 16h33

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), acusou hoje a China de criar obstáculos para forçar a queda de preços de determinados produtos, como a carne brasileira.

Diversificar suas exportações afim (sic) de não depender exclusivamente de nenhum país faz parte de estratégia geopolítica para evitar problemas como este. A fama da China já vai longe em práticas como essa: criam obstáculos somente para baixar os preços. Eduardo Bolsonaro

O parlamentar referia-se aos embargos colocados pela China em relação à carne bovina brasileira depois de se identificar pelo menos dois casos de "vaca louca" em território nacional, em setembro. O embargo reduziu praticamente pela metade a exportação da carne brasileira.

Segundo o governo federal, os dois casos de "vaca louca" foram registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e Belo Horizonte (MG) e são "atípicos", o que significa que os animais desenvolveram a doença de maneira espontânea e esporádica, sem relação à ingestão de alimentos contaminados. Não foi identificada transmissão da doença entre os animais.

O Ministério da Agricultura, no entanto, confirmou que a China liberou as exportações de carne bovina brasileira. O fluxo de exportações será normalizado a partir de hoje.

Bolsonaro x China

A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil, o país que mais compra produtos brasileiros. Os chineses são também um dos principais investidores estrangeiros nos setores de infraestrutura e tecnologia, áreas em que a economia brasileira precisa de capital para se desenvolver, destacam economistas.

Mas comentários agressivos feitos por integrantes do governo de Jair Bolsonaro contra os chineses não são raros e têm atrapalhado a entrada de investimentos novos para setores como os de energia, transportes e tecnologia, segundo apurou a reportagem do UOL.