Ex-CEO devolverá R$ 598 mi ao McDonald's após processo por sexo com colegas
O ex-CEO da rede de fast food McDonald's Steve Easterbrook, demitido por violar as políticas da empresa ao ter relações amorosas e fazer sexo com funcionárias, decidiu pagar US$ 105 milhões (cerca de R$ 598,2 milhões) em dinheiro e ações para colocar fim ao processo aberto pela empresa contra ele em agosto de 2020. O britânico, de 54 anos, pediu desculpas pelo comportamento que provocou a sua demissão em 2019.
Segundo a Bloomberg, o McDonald's explicou que o valor que será devolvido pelo ex-CEO, que ficou no cargo entre 2015 e 2019, equivaleria à perda que ele teria ao ser demitido por justa causa em razão da quebra de protocolos da empresa.
O presidente da rede de fast food Rick Hernandez e outros membros do conselho já haviam sido criticados por acionistas em razão de terem feito um acordo e pago os direitos trabalhistas do ex-CEO na saída dele da companhia e depois, em 2020, denunciá-lo a justiça pelos comportamentos. As críticas apontavam que a abertura de processo judicial pelo McDonald's ocorreu na tentativa de tentar recuperar o dinheiro pago anteriormente a Easterbrook, valor em torno de US$ 42 milhões à época da demissão.
No ano passado, o McDonald's acusou Easterbrook de ter mentido sobre o caso e destruído provas do seu envolvimento com funcionárias. No entanto, outras evidências foram encontradas durante as apurações, como fotos e vídeos explícitos de uma funcionária, que o ex-CEO do McDonald's enviou da sua conta de email empresarial para a pessoal.
A empresa negou as acusações dos acionistas e alegou que não teria assinado um acordo para a saída de Easterbrook se soubesse destas acusações.
A empresa e o ex-CEO
Em comunicado enviado pela empresa ontem, Easterbrook declarou que "durante minha gestão como CEO, falhei às vezes em defender os valores do McDonald's e cumprir algumas de minhas responsabilidades como líder da empresa". E completou: "Peço desculpas aos meus ex-colegas de trabalho, ao conselho e aos franqueados e fornecedores da empresa por isso".
Em memorando obtido pela Bloomberg, Hernandez — reeleito ao cargo em maio — teria comunicado aos funcionários que a decisão do ex-CEO colaborou para que o processo legal não demorasse muitos anos e que a denúncia contra Easterbrook foi feito por uma trabalhadora que "teve a coragem de falar abertamente" sobre o caso.
"Mesmo enquanto avançamos, há lições que não podem ser esquecidas, incluindo a importância de continuar a fomentar uma cultura em que a expectativa é que as pessoas falem em resposta a irregularidades", disse Hernandez.
*Com informações da Ansa e da Efe
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