Promoção? Dicas? O que o consumidor quer quando segue uma marca nas redes?
O e-commerce bateu recorde de vendas no primeiro semestre de 2021: foram R$ 53,4 bilhões em faturamento apenas nos seis primeiros meses do ano, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o último relatório Webshoppers, elaborado pela Ebit Nielsen.
Um efeito colateral desse movimento rumo ao mundo digital é que mais gente passou a seguir marcas nas redes sociais: quase três em cada cinco consumidores seguem alguma marca, segundo estudo realizado pela MRM Commerce, em parceria com a MindMiners.
A principal razão para dar follow na página da marca são as promoções, para 61% das pessoas ouvidas. O levantamento entrevistou 1.000 consumidores de todas as regiões do país, das classes sociais de A a C2, de 18 anos ou mais.
A estratégia funciona para atrair o seguidor, mas não garante que ele não vá ficar depois de aproveitar o desconto.
"Ter um bom produto ou serviço e oferecer ao cliente descontos, ofertas e frete grátis faz parte do jogo, e todo mundo vai fazer. Mas tende a ser algo momentâneo. A questão é continuar relevante na vida do consumidor após esse primeiro contato", diz Beto Almeida, CEO da Interbrand Brasil.
Quando o preço de um produto de marcas diferentes é igual, por exemplo, 69% escolhem a opção que lhes proporciona uma boa experiência e 59% se baseiam nas avaliações de outros usuários. Segundo Eduardo Soutello, chefe da MRM Commerce, esse tipo de análise é importante para entender os fatores não financeiros que influenciam na decisão de compra e quais valores podem ser agregados para conquistar o cliente.
Redes sociais trazem leveza e entretenimento
Segundo o executivo, as redes sociais devem não só auxiliar o processo de compra, mas também trazer entretenimento, leveza e interatividade. "Marcas com presença forte nas redes acabam diminuindo o peso de questões operacionais, como valor do frete ou agilidade na entrega. Isso fica em segundo plano quando existe engajamento", diz Soutello.
"A promoção é um primeiro gatilho, mas temos que entender que as redes sociais se tornaram vitrines, como as das lojas dos shoppings, ou os catálogos", afirma Flavio Santos, fundador e CEO da MField, especializada em marketing de influência.
Nesse sentido, elas desempenham o papel de mostrar as oportunidades oferecidas ao consumidor pelas marcas. E as ofertas tendem a ser mais personalizadas graças à inteligência de dados, que permite mostrar conteúdos adequados ao perfil e estilo de vida de cada um.
Engajamento é palavra-chave
Uma loja de artigos esportivos, se fizer bem a lição de casa, consegue direcionar mensagens diferentes para fãs de futebol e praticantes de basquete ou natação. Mas, para manter a audiência interessada e engajada, não basta uma vitrine bem feita. É preciso também ter conteúdo, frequência e apelo junto ao público.
A palavra-chave é engajamento. O consumidor pode ser fisgado pela promoção, mas só continuará a dar atenção à marca se ela oferecer uma proposta de valor com a qual ele se identifique.
"O consumidor vai escolher a marca mais relevante para a vida dele. Não a mais barata, ou a que tem promoção, mas aquela que tem a ver com o seu jeito de pensar, seus valores e propósitos", declara Almeida, da Interbrand.
Outro ponto a ser considerado é que as pessoas seguem as marcas em plataformas diferentes com propósitos diversos, declara o CEO da MField.
O número de seguidores no Facebook, muitas vezes, sinaliza apoio a determinada marca ou causa. Já no Twitter, por exemplo, a principal motivação é conseguir descontos e ofertas exclusivas em tempo real, como promoções-relâmpago. O Instagram, por ser uma rede mais inspiracional, é usado para obter informação ou se inteirar das tendências que a marca está ditando.
Confira outros números do estudo "A nova jornada do consumidor no e-commerce", da MRM:
Principais motivos para os consumidores seguirem marcas nas redes:
- Me interesso muito pelas promoções (61%)
- Para me atualizar (49%)
- Me interesso pelo conteúdo (45%)
- Admiração (16%)
- Participação dos influenciadores (9%)
Redes sociais mais utilizadas para realizar compras:
- Facebook (33%)
- Instagram (22%)
- WhatsApp (22%)
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