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Líder ou equilibrista? Estudo aponta 5 dilemas do dia a dia de executivos

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Imagem: iStock

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/01/2022 08h39

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Grande parte dos executivos "C-levels" (presidentes, vice-presidentes e diretores) das empresas têm enfrentado dificuldades na conciliação das demandas do dia a dia. Um dos maiores dilemas, hoje, é garantir estabilidade aos negócios e, ao mesmo tempo, inovar e encontrar trilhas inéditas para alavancar as empresas.

Apontados como alguns dos principais catalisadores da inovação dentro das companhias, executivos de marketing podem (e precisam) agir para se tornar ainda mais relevantes dentro das companhias. Como fazer isso?

O estudo "Itaca Innovation - Percepções sobre inovação entre CEOs", realizado pela consultoria 16 01, com o apoio da Kantar, indicou os cinco principais dilemas atuais da atuação dos "C-Levels" nas empresas, e apontou caminhos para os responsáveis pelos departamentos de marketing das companhias.

"Muitas vezes, o negócio pede uma mudança. O time está pronto, mas o chamado "C-Level" ainda está em um paradoxo sobre o passado e o futuro", diz Leonardo Brazão, cofundador da 16 01.

O relatório, criado a partir de um estudo com executivos em posição de liderança de diferentes áreas, identificou quais são as cinco responsabilidades que líderes do alto escalão das empresas buscam conciliar:

  • alcançar resultados financeiros no curto prazo;
  • tomar decisões rápidas em contextos críticos;
  • garantir a perenidade da empresa;
  • inovar com objetivos de longo prazo;
  • articular apoio para as suas decisões estratégicas.

"A sobrevivência das empresas depende da explorarão de novos caminhos. Atualmente, o 'C-Level' é cobrado para entregar resultados, o que reforça o estereótipo do executivo com meta e prazo. Mas, quando falamos de inovação, precisamos que ele tenha cabeça de empreendedor. Inovação requer energia e abertura. Ele precisa ser, ao menos, o capitão dessa transformação", declara Brazão.

Diretor de marketing

Para ele, o CMO (sigla em inglês para Chief Marketing Officer, responsável pela estratégia de comunicação da companhia) precisa mostrar entendimento profundo sobre os consumidores e sobre o funcionamento do mercado.

"O marketing tem decisão importante a tomar. Como o verdadeiro 'dono da empresa' agora é o consumidor, o setor passa a ser o 'guardião da marca'. Precisa trazer essa competência para todos os colaboradores da companhia —ser, de fato, a cola que une a organização. O escopo da área aumentou e, ao mostrar equilíbrio entre a arte da comunicação e a matemática das vendas, ele passa a ser indispensável para a empresa", diz.