Para suprir fornecimento, EUA abrem negociações de petróleo com Venezuela
No dia em que os preços do petróleo alcançaram os maiores valores desde 2008, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os Estados Unidos abriram negociações com Venezuela, Irã e Arábia Saudita. A iniciativa é para encontrar formas alternativas de fornecimento de petróleo, já que atualmente os norte-americanos dependem da Rússia, que está em seu 12º dia de guerra contra a Ucrânia.
Em coletiva de imprensa hoje, Psaki disse que "militares americanos estão falando com [o presidente Nicolás] Maduro na Venezuela" sobre a questão do petróleo. Assim, os Estados Unidos abrem as portas para países com os quais normalmente não se alinham.
Além do combustível, Psaki afirmou que o governo do presidente Joe Biden quer se certificar de que os cidadãos venezuelanos estão bem.
A porta-voz reforçou que a situação não é a ideal para o país que representa e o possível relacionamento com as três nações seria apenas comercial. "Ninguém está dizendo que o Irã deve receber armas nucleares", falou.
Apesar das negociações em aberto, Psaki disse que Biden ainda não decidiu sobre proibir importações russas de petróleo. Segundo ela, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é o grande culpado pela disparada de preços.
Biden fará tudo para reduzir o impacto nos cidadãos, inclusive a gasolina, mas Putin invadiu um país soberano e há repercussões no mercado
Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca
Hoje, nos primeiros minutos da negociação, o petróleo Brent atingiu US$ 139,13 e o barril negociado nos EUA bateu US$ 130,50, sendo que ambas as marcas de referência atingiram os seus níveis mais elevados desde julho de 2008.
Por volta 9h15, os preços tinham diminuído alguns desses ganhos, com o Brent ainda subindo cerca de 6%, para US$ 126 por barril, e o WTI avançando na mesma proporção, a US$ 123.
Mais de US$ 300 por barril
Os preços do petróleo podem subir para mais de US$ 300 por barril se os Estados Unidos e a União Europeia proibirem as importações de petróleo da Rússia, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak hoje.
"É absolutamente claro que uma rejeição do petróleo russo levaria a consequências catastróficas para o mercado global", disse Novak em um comunicado em vídeo transmitido pela televisão estatal.
"O aumento nos preços seria imprevisível. Seria 300 dólares por barril, se não mais", falou.
*Com Reuters
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