Guedes se confunde e diz que Brasil está pronto para '2ª Guerra Mundial'
Ao afirmar que o governo zerou o déficit do setor público durante a pandemia, o ministro Paulo Guedes (Economia) se confundiu e disse hoje que o Brasil está pronto para a Segunda Guerra Mundial, conflito militar global que durou de 1939 a 1945.
"O Brasil é duro na queda: caiu, levantou, está em pé, já sacudiu e está mais arrumado do que o pessoal lá fora. Estamos prontos para outra briga. Se vier a Segunda Guerra Mundial, estamos prontos. Nós vamos expandir de novo, porque nós estamos com o déficit zerado", disse.
A fala ocorreu durante evento de lançamento do Marco de Securitização e Fortalecimento de Garantias Agro, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
"O nosso déficit saiu de 1% do PIB. Quando chegamos ao governo, tínhamos 2%. No nosso primeiro ano, que foi em 2019, cortamos pela metade, reduzimos para 1%. Com a pandemia fomos a 10,5% e voltamos a zero. Nossas despesas 19,5% do PIB, foram a 26,5%, voltaram a 18,7%. A calamidade foi terrível —foi a maior crise sanitária dos últimos 100 anos", disse Guedes.
Segundo o ministro, o governo está pronto para eventuais impactos da invasão russa na Ucrânia, ressaltando que a equipe econômica tem um protocolo de crise que inclui exceção ao teto de gastos "se for preciso".
"Estamos prontos, temos protocolo de guerra todo preparado, temos a PEC Emergencial, temos o botão de emergência, temos a exceção ao teto se for preciso, estamos preparados para qualquer guerra", disse.
Bolsonaro fala sobre combustíveis
No evento, o presidente repetiu críticas que tem feito à política de preços da Petrobras de repassar, para o mercado interno, as oscilações dos valores no mercado internacional. Na última quinta-feira (10), a estatal anunciou reajuste de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel como resultado da alta do petróleo internacional.
A gente lamente apenas. Se a Petrobras tivesse esperado um dia a mais, nós poderíamos, ao se anunciar o reajuste da Petrobras --que não é responsabilidade nossa, é exclusiva de Petrobras-- de R$ 0,90 no litro do diesel, poderia ter se anunciado também a diminuição de R$ 0,60 no litro do diesel. O reajuste seria de R$ 0,30
Presidente Jair Bolsonaro
"Pelo que tudo indica, os números agora, em especial do preço do barril de petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo. Espero que assim seja. E espero que a nossa querida Petrobras, que teve muita sensibilidade ao não nos dar um dia [de prazo extra], ela retorne aos níveis da semana passada os preços dos combustíveis no Brasil", disse.
Bolsonaro afirmou, com ressalva, ainda que pandemia e guerra na Ucrânia têm influenciado a economia. "Ao que tudo indica, os números agora, em especial o preço do barril do petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo", afirmou. "Esperamos que a Petrobras acompanhe a queda do preço do petróleo lá fora; com toda certeza, ela fará isso daí", disse Bolsonaro.
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