Dólar opera em alta de 0,75%, vendido a R$ 4,724; Bolsa cai
O dólar comercial era negociado por R$ 4,724 na manhã de hoje (14). A moeda norte-americana atingiu o valor por volta das 10h20 (de Brasília), quando subia 0,75%. Este é o último dia de negociações antes do fim de semana prolongado pelo feriado da Páscoa, o que deve conter o apetite dos investidores por risco ao longo da sessão.
Ontem (13) o dólar comercial teve valorização de 0,26%, fechando a R$ 4,689 na venda.
Por volta do mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caía 0,16%, aos 116.593,03 pontos. Na véspera, o Ibovespa fechou a 116.781,961 pontos, com valorização de 0,55%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Reajuste do funcionalismo preocupa
Além de citar a cautela antes do fechamento dos mercados na Sexta-Feira Santa, Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, chamou a atenção para temores fiscais antes da apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023, nesta quinta-feira, depois que o governo decidiu conceder um reajuste de 5% a todos os servidores públicos federais a partir de julho.
A medida do governo busca debelar paralisações que já afetam órgãos públicos e faz aceno ao funcionalismo público antes das eleições presidenciais deste ano.
O custo do reajuste anunciado está estimado em cerca de 6 bilhões de reais para os seis meses de vigência neste ano, quantia "bem superior aos 1,7 bilhões de reais que seriam usados para custear o aumento apenas da categoria de segurança pública" anunciado inicialmente pelo governo, apontou Beyruti.
Vários setores do funcionalismo —que está há dois anos sem reajuste— têm se mobilizado por aumentos desde o início do ano, apesar do forte aperto nas contas do governo. No Banco Central, por exemplo, greve de servidores está afetando a divulgação de dados do boletim Focus ao IBC-Br.
O temor dos mercados é que o aumento das despesas afete ainda mais a credibilidade fiscal do Brasil, que foi abalada no final do ano passado com a alteração da regra do teto de gastos sob a PEC dos Precatórios.
Euro cai após decisão do BCE
No exterior, o ambiente também não estava muito favorável a moedas de países emergentes, com a política monetária dos principais bancos centrais do mundo em foco pouco depois do anúncio da decisão do mais recente encontro do Banco Central Europeu. A instituição manteve planos de reduzir lentamente seu estímulo, continuando bem mais suave em sua abordagem de combate à inflação que o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve.
Isso, por sua vez, derrubou o euro, enquanto o índice do dólar contra uma cesta de moedas forte registrava ganhos. A divisa norte-americana tende a se beneficiar de um endurecimento esperado na conduta do Fed, que deve aumentar os juros em 0,5 ponto percentual em sua reunião de política monetária de maio.
*Com Reuters
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.