Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Dólar opera em alta de 0,16%, vendido a R$ 4,975; Bolsa sobe 0,36%; siga

UOL

Em São Paulo

28/04/2022 09h19Atualizada em 28/04/2022 14h13

O dólar comercial e a Bolsa operavam em alta na tarde de hoje (28). Por volta das 14h15 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,16%, vendida a R$ 4,975, acompanhando mais uma vez a ampla força da moeda norte-americana no exterior, onde seu índice frente a uma cesta de pares fortes tocou os maiores níveis em duas décadas.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em alta de 0,36%, atingindo 109.747,34 pontos.

Ontem (27) o dólar caiu 0,47%, fechando a R$ 4,967 na venda, e a Bolsa fechou com alta de 1,05%, a 109.349,367 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Alta do dólar

Embora tenha fechado a última sessão em queda, o dólar registrou sequência de três ganhos diários entre sexta e segunda-feira, período em que havia saltado mais de 8%. Essa tendência de valorização — que, segundo especialistas, reflete fatores externos — parecia recobrar forças hoje.

Isso porque o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas de países ricos — avançava acentuadamente nesta manhã, e chegou a tocar seus maiores patamares desde dezembro de 2002, embora tenha devolvido alguns ganhos após surpresa negativa nos dados do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano do primeiro trimestre.

O dólar vem sendo apoiado pela perspectiva de que o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, acelerará o ritmo de seu aperto monetário em meio ao cenário inflacionário desafiador, observou a XP em nota matinal. Os mercados apostam em ajustes de 0,5 ponto percentual nos juros norte-americanos ao longo de suas próximas reuniões, e alguns operadores sequer descartam eventual dose de 0,75 ponto.

Custos de empréstimos mais altos na maior economia do mundo tendem a elevar o ingresso de recursos na renda fixa do país, o que, consequentemente, favorece o dólar.

Em relatório, analistas do Bradesco também chamaram a atenção para a decisão do banco central do Japão de manter sua política monetária ultrafrouxa hoje, apesar da maior agressividade do Fed e da aceleração da inflação, "reforçando a tendência de depreciação do iene que, por sua vez, sustenta o movimento de apreciação do dólar em escala global".

O iene chegou a tocar seu menor patamar em 20 anos contra o dólar, que era negociado em alta contra a maior parte das principais moedas globais, acompanhando ainda o avanço dos rendimentos dos Treasuries, títulos soberanos dos EUA.

Enquanto isso, investidores chamavam a atenção para a agenda de indicadores econômicos bem cheia. Nos Estados Unidos, o destaque do dia foi a divulgação do PIB, que caiu a taxa anualizada de 1,4% no primeiro trimestre, contra expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,1%.

Dados no Brasil

No Brasil, já houve pela manhã a divulgação de dados de confiança de serviços, IGP-M, preços ao produtor e crédito, arrecadação, e os mercados ainda aguardam números do Caged.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula baixa de 10% em 2022. O real ainda é líder de desempenho no período quando comparado a outras moedas globais, mas o dólar já se valorizou quase 9% em relação às mínimas deste ano frente à divisa brasileira, depois de cair para perto de R$ 4,60 no início de abril.

A visão predominante no mercado é de que a queda da moeda norte-americana contra o real vista no início deste ano foi resultado do patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 11,75%, e da disparada no preço internacional das commodities após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters