Open finance poupará tempo e dinheiro do brasileiro, diz executivo do Itaú
Quanto tempo você gasta em aplicativos de bancos? Marcos Alexandre Pina Cavagnoli, diretor digital de cash management e open finance do Itaú Unibanco, diz que o open finance vai fazer o consumidor brasileiro economizar tempo e até dinheiro.
Cavagnoli palestrou sobre o tema no South Summit Brasil, evento de tecnologia e inovação que começou nesta quarta-feira (4) e vai até sexta, em Porto Alegre (RS).
Primeiro, o Banco Central criou o open banking, que teve início em fevereiro de 2021. Em março deste ano, o BC substituiu o open banking pelo open finance.
Inicialmente, o open banking era uma tecnologia de compartilhamento de informações relacionados a produtos bancários tradicionais. A evolução para o open finance fez com que sistema incluísse dados sobre outros serviços financeiros, como de credenciamento, câmbio, investimentos, seguros e previdência.
"O Brasil tem tudo para ser a iniciativa mais impactante de open finance no mundo", afirma Cavagnoli. Comparado a outros países que adotaram sistemas parecidos, como a Inglaterra, o Brasil tem mostrado uma evolução mais rápida do sistema, diz.
Como vai funcionar na prática?
Cavagnoli dá dois exemplos de como o open finance pode ajudar o consumidor —mas ainda não dá para saber quando essas funcionalidades vão começar a valer.
O primeiro deles é na hora de consultar o saldo de contas bancárias. O cliente que autorizar o compartilhamento de informações vai conseguir ver no aplicativo de um banco o saldo das contas que tem em outras instituições.
"Mais de 80% do tempo que o consumidor fica na tela de aplicativos de bancos é para ver o extrato, consultar o saldo e fazer pagamentos. Se você tem um sistema que agrega os saldos, dá o benefício de economia de tempo para o cliente", afirma Cavagnoli.
O outro exemplo é focado em concessão de crédito.
Se o consumidor tem mais de um tipo de empréstimo, também vai conseguir ver todos de uma vez. Aqui, segundo ele, existe uma facilidade para o consumidor, que vai poder organizar melhor as finanças, e uma oportunidade de negócio para as empresas que concedem crédito, que podem usar as informações para oferecer produtos com taxas mais competitivas, por exemplo.
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