Petrobras nomeia diretor de Exploração e Produção como presidente interino
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) que Fernando Assumpção Borges, atual diretor-executivo de Exploração e Produção da companhia, assumirá interinamente a presidência após José Mauro Coelho renunciar ao cargo.
O substituto indicado pelo governo, Caio Paes de Andrade, ainda será avaliado por um comitê interno e referendado em assembleia de acionistas. Entretanto, ele não tem experiência na área de petróleo e gás, e as regras de governança exigem experiência de 10 anos no setor.
De acordo com a Petrobras, Borges iniciou a carreira na petrolífera em 1983 e ocupou diversos cargos na área de Exploração e Produção. Ele é engenheiro civil formado pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e tem MBA Executivo pela Coppead/UFRJ (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Entre 2016 e 2020, foi diretor do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e desde abril de 2016 atua como diretor da Abep (Associação Brasileira de Empresas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás), por indicação da Petrobras.
Demissão de Coelho
Coelho pediu demissão do cargo de presidente da Petrobras na manhã desta segunda-feira. Ele foi o terceiro executivo a comandar a Petrobras na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a empresa, Coelho também deixa o cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.
A renúncia de Coelho ocorre após uma escalada de críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PL) sobre o reajuste no preço dos combustíveis. Na última sexta-feira (17), a Petrobras divulgou novos aumentos no preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras.
José Mauro Coelho assumiu oficialmente a presidência da Petrobras em 14 de abril. Ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ele foi indicado ao cargo mais alto da estatal após desistência de Adriano Pires.
Em pouco mais de dois meses, sua gestão foi marcada por pressões e polêmicas sobre o reajuste nos preços dos combustíveis. Sua saída já era aguardada desde o dia 23 de maio, quando o Ministério de Minas e Energia anunciou a troca de cadeiras.
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