Randolfe aciona STF contra Bolsonaro por supostos crimes na Petrobras
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) solicitou hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por possíveis crimes na Petrobras.
No pedido, o congressista afirma que o site Metrópoles revelou que ex-presidente da Petrobras , Roberto Castello Branco, em conversa com o ex-presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes disse que seu celular funcional teria mensagens que incriminariam o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Se o Presidente da República interfere na gestão de patrimônio público, que é de todos os brasileiros e usado exclusivamente em seu prol, é direito de todos os brasileiros conhecer os fatos", afirma o senador na petição.
Segundo o Metrópoles, na discussão, Novaes acusou Castello Branco de estar atacando o governo Bolsonaro. Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião", afirmou.
"No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras", acrescentou, sem dar detalhes. Na discussão, Castello Branco também chamou o Jair Bolsonaro de "psicopata". A conversa aconteceu ao longo do sábado.
Pedido no Senado
O requerimento de Randolfe no STF soma-se a outro, em que os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e da senadora Zenaide Maia (PROS-RN) pedem que a Mesa Diretora do Senado aprecie uma solicitação para que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, preste informações sobre registros de mensagens trocadas em celulares corporativos e registros audiovisuais de reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras.
No pedido, os senadores pedem, entre outros pontos, informações sobre as regras internas para a preservação dos dados de ex-ocupantes da Petrobras e solicitam cópia dos arquivos de mensagens, inclusive em aplicativos de mensagens, dos aparelhos telefônicos celulares utilizados pelos presidentes da Petrobras desde 2019.
"Trata-se de mais um indício preocupante de gestão temerária da Petrobras, que começou recentemente a ser investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após o anúncio irregular da renúncia de seu último presidente, José Mauro Coelho, em desacordo às práticas de mercado de valores", disse o requerimento, em sua justificativa.
O presidente Jair Bolsonaro tem pressionado o comando da empresa para tentar impedir novas altas nos preços dos combustíveis. O governo federal é o acionista majoritário da Petrobras.
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