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Só 12 de 140 profissões estão ganhando mais na contratação; veja quais

A profissão que ocupa a primeira posição do grupo privilegiado é a de médico clínico - demaerre/Getty Images/iStockphoto
A profissão que ocupa a primeira posição do grupo privilegiado é a de médico clínico Imagem: demaerre/Getty Images/iStockphoto

Colaboração para o UOL

08/07/2022 11h07Atualizada em 08/07/2022 12h58

O salário médio dos trabalhadores quando são contratados só teve aumento real em 12 de 140 profissões, de acordo com levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Isso significa que, descontada a inflação, 128 ocupações estão oferecendo salários de contratação menores do que há um ano.

O CNC avaliou o salário médio de admissão de 2.608 profissões classificadas segundo a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), tendo como base dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Não é o mesmo que salário inicial. O salário médio de admissão leva em conta os rendimentos de todas as pessoas com determinada profissão e que foram contratadas naquele período.

Foram eliminadas do levantamento as profissões menos relevantes do ponto de vista quantitativo, restando as 140 maiores - responsáveis por 72% das ocupações atuais no mercado formal.

A profissão que ocupa a primeira posição dentre as 12 que tiveram aumento real no salário de contratação é a de médico clínico. A ocupação registra R$ 10.883,65 como salário médio de admissão, um aumento de 35,6% em relação a maio de 2021, já descontada a inflação acumulada no período.

Veja as 12 profissões e os salários médios de admissão com aumento real

  • Médico clínico: R$ 10.833,65 (aumento de 35,6%)
  • Analista de desenvolvimento de sistemas: R$ 6.804,83 (aumento de 1,1%)
  • Programador de sistemas de informação: R$ 5.295,74 (aumento de 2,2%)
  • Gerente comercial: R$ 4.833,14 (aumento de 1,2%)
  • Professor de nível médio no Ensino Fundamental: R$ 3.329,17 (aumento de aumento de 15,6%)
  • Professor de nível superior na Educação Infantil: R$ 2.402,32 (aumento de 4,9%)
  • Controlador de entrada e saída: R$ 2.341,36 (aumento de 8%)
  • Professor de nível médio na Educação Infantil: R$ 2.002,46 (aumento de 2%)
  • Estoquista: R$ 1.780,15 (aumento de 3,2%)
  • Repositor de mercadorias: R$ 1.586,54 (aumento de 0,5%)
  • Costureiro de confecção em série: R$ 1.480,47 (aumento de 0,6%)
  • Trabalhador no cultivo de árvores frutíferas: R$ 1.381,09 (aumento de 1,2%)

O IPCA, inflação oficial no país, fechou junho em 0,67%, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 0,47%.

Embora o salário médio nominal de admissão tenha crescido 6,3% entre maio de 2021 e maio de 2022, esse avanço não compensou a perda média do poder de compra do salário, recuando 5,6% no período, descontada a inflação.

Brasil tem a 4ª maior inflação entre os 20 países mais ricos do mundo

Novo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que entre as maiores economias do mundo, o Brasil tem a quarta maior inflação. Apenas Turquia, Argentina e Rússia ficaram com taxas maiores no período que contempla os últimos 12 meses até maio de 2022.

A média de todos os países do G20 marcou 8,8% em maio, representando um crescimento, já que estava em 8,5% em abril. Enquanto no Brasil os índices estiveram em 11,7%, uma desaceleração da tendência de alta, mas ainda com elevada porcentagem.

Nos países com os maiores aumentos de preços, a Turquia ficou com taxa de 73,5%, a Argentina com 60,7% e a Rússia com 17,1%, sendo que o país russo foi o único que não esteve no relatório da OCDE e os dados fazem parte do serviço de estatísticas do próprio país.

A alta inflação, porém, é um fenômeno mundial. Em todo o planeta, somente na Colômbia, Japão, Luxemburgo e Holanda a inflação não aumentou.

O indicador está em alta pelo mundo puxado pelo desabastecimento da indústria, a guerra na Ucrânia e as incertezas com relação à pandemia. Já os fatores internos, que fazem o Brasil estar acima da média, são a desvalorização do real, conturbado cenário político e a desconfiança dos investidores.