Brasil tem a 4ª maior inflação entre os 20 países mais ricos do mundo
Novo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que entre as maiores economias do mundo, o Brasil tem a quarta maior inflação. Apenas Turquia, Argentina e Rússia ficaram com taxas maiores no período que contempla os últimos 12 meses até maio de 2022.
A média de todos os países do G20 marcou 8,8% em maio, representando um crescimento, já que estava em 8,5% em abril. Enquanto no Brasil os índices estiveram em 11,7%, uma desaceleração da tendência de alta, mas ainda com elevada porcentagem.
Nos países com os maiores aumentos de preços, a Turquia ficou com taxa de 73,5%, a Argentina com 60,7% e a Rússia com 17,1%, sendo que o país russo foi o único que não esteve no relatório da OCDE e os dados fazem parte do serviço de estatísticas do próprio país.
A alta inflação, porém, é um fenômeno mundial. Em todo o planeta, somente na Colômbia, Japão, Luxemburgo e Holanda a inflação não aumentou.
O indicador está em alta pelo mundo puxado pelo desabastecimento da indústria, a guerra na Ucrânia e as incertezas com relação à pandemia. Já os fatores internos, que fazem o Brasil estar acima da média, são a desvalorização do real, conturbado cenário político e a desconfiança dos investidores.
A taxa anual de inflação ao consumidor, chamada de CPI, entre os países que integram a OCDE, acelerou para 9,6% em maio, atingindo o maior patamar desde agosto de 1988, segundo comunicado divulgado hoje pela Organização. Em abril, o CPI anual da região havia sido de 9,2%. A alta foi puxada principalmente pelos preços de energia entre os países membros e ficaram em 35,4% em maio.
O Banco Central do Brasil já admitiu oficialmente que a meta de inflação não conseguirá ser cumprida em 2022 pela segunda vez consecutiva. O BC elevou em junho a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia, para 13,25% ao ano, o maior patamar desde 2016 para tentar frear a inflação. E a tendência deve ser de que a taxa de juros siga alta.
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