PEC dos Auxílios: Barros diz suspeitar de pane 'proposital' na Câmara
O líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), participou do UOL News hoje e falou sobre a suspensão da sessão de ontem onde seria votado o segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição, chamada de PEC dos Auxílios. Na entrevista, Barros acendeu um alerta para uma possível sabotagem com a intenção de interromper a votação.
"Há uma desconfiança de que houve um rompimento proposital da conectividade que alimenta nosso sistema de votação. Temos duas empresas privadas e independentes que fornecem conectividade à Câmara em um sistema de redundância, quando um falha o outro entra imediatamente para suportar. Então a chance de os dois sistemas falharem no mesmo momento é quase zero. Absolutamente improvável que dois sistemas de alimentação de conectividade independentes falhassem exatamente no mesmo momento", disse durante participação no UOL News.
Barros também afirmou que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), determinou uma investigação para apurar o ocorrido. "Arthur Lira fará eventualmente o anúncio do resultado da investigação, se é que se pode fazer isso sem criar problemas para a própria investigação. Anunciará oportunamente se foi uma falha técnica e muito improvável coincidência, ou não".
O deputado do Progressista ainda relembrou que essa não foi a primeira vez que o sistema da Câmara enfrentou problemas durante uma votação, apontando para outras apreciações importantes.
"Isso já aconteceu em outros dois momentos. Naquele projeto que nós votamos a redução do ICMS dos Estados também deu instabilidade no sistema, e anteriormente em outro episódio importante para o governo. Então sempre que tem uma matéria muito relevante o sistema caí, isso não é mais uma coincidência".
"Após a suspensão da votação, ela retoma hoje. Serão votados os seis destaques [propostas] da PEC que tornam o programa permanente. Seria ótimo aumentar de R$ 400,00 para R$ 600,00 o Auxílio Brasil, para R$ 1000,00 o vale caminhoneiro e o vale gás deixar de ser bimensal para ser mensal", disse Barros.
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