Após perder espaço, sorvetes La Basque tenta crescer com milk-shake e café
A marca de sorvetes La Basque quer voltar aos tempos áureos. Após anos vendendo seus sorvetes premium em pequenas geladeiras em supermercados, a empresa se prepara para uma expansão de lojas, com a meta de ter 100 unidades em cinco anos.
Como serão as lojas? A ideia é criar ambientes agradáveis e investir em experiência, seguindo um modelo que deu muito certo com a concorrente Bacio di Latte. Além de oferecer todos os sabores da marca, a loja terá outros produtos, como sobremesas, café e milk-shake. "Estamos criando um ambiente acolhedor para o cliente gostar e ter vontade de voltar", diz Joe Matthew Powell, diretor-executivo da La Basque.
Por que abrir lojas? Na avaliação dos executivos da La Basque, o modelo atual limita a margem de lucro dos produtos: apesar de ser um sorvete premium, não há muito espaço para aumentar preços na venda em supermercados. Com a aposta em lojas, a intenção é migrar para um momento de consumo diferente, em que o consumidor esteja disposto a gastar um pouco mais, como ocorre nas gelaterias.
Por que a marca perdeu espaço? Para atrair clientes às novas lojas, a La Basque conta com a memória do consumidor mais velho, que viu o auge da marca nos anos 1990. Naquela época, a sorveteria chegou a ter cerca de 50 unidades - hoje ainda existem nove lojas remanescentes desse período.
Para consultor Marcelo Cherto, da consultoria de franquias Cherto, a marca tem espaço para crescer com a aposta em lojas, mas não vai encontrar o mesmo cenário de 30 anos atrás, quando ela era praticamente a única a vender sorvetes premium. "Naquela época eles nadavam de braçada e se descuidaram. Agora a vida não vai ser mais tão fácil. Mas isso não significa que a guerra está perdida, ainda espaço para crescer", diz.
Para evitar os erros do passado, a La Basque agora vai expandir via franquias, um modelo mais organizado que o do licenciamento, adotado anteriormente. Segundo a marca, já há procura de empreendedores interessados em ser franqueados. Com a expansão via franquias, a expectativa é de um incremento de R$ 60 milhões no faturamento da empresa.
Quais os novos sabores? A seu favor, a La Basque tem a qualidade de seu produto. "Eles ficaram menores, mas a qualidade do sorvete se manteve", diz Cherto. Para atrair o consumidor, a marca investe também em novos sabores. Estão previstos para 2023 os sabores chocolate ao rum, baunilha com pistache, papaia com cassis, cheesecake com limão siciliano e coco crocante.
A La Basque é uma empresa do Grupo Alfa, do banqueiro Aloysio Faria, morto em 2020. Integram o grupo negócios como o Banco Alfa, a rede de hotéis Transamérica e a varejista de produtos de construção C&C.
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