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Após dois meses de deflação, prévia de outubro tem inflação de 0,16%

IPCA-15 registrou deflação nos últimos dois meses - Getty Images
IPCA-15 registrou deflação nos últimos dois meses Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

25/10/2022 09h03Atualizada em 25/10/2022 10h51

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), conhecido como a prévia da inflação para o mês, registrou inflação de 0,16% em outubro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados hoje.

A alta foi influenciada principalmente pelos preços dos planos de saúde, que subiram 1,44% no mês, após a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizar reajustes no setor. Outro fator foi a alta no grupo de alimentação e bebidas, que havia caído no mês passado.

O resultado vem após dois meses consecutivos de deflação — como é chamada a inflação negativa, que sinaliza uma redução média nos preços.

O acumulado do índice em 2022 é de 4,8%, e o dos últimos 12 meses, 6,85%. Em setembro, o índice foi de -0,37%.

Transportes e saúde explicam resultado

Os grupos que mais impactaram a prévia da inflação no mês foram saúde (+0,8%) e transportes (-0,64%). Apesar do último grupo ter registrado deflação, a diminuição foi menor que a registrada nos dois meses anteriores, o que prejudicou o resultado. Além disso, o preço das passagens aéreas disparou 28,17% frente a setembro.

Os preços dos quatro combustíveis pesquisados caíram: etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%), ajudando a segurar a inflação do mês. Por outro lado, os preços das passagens aéreas saltaram 28,17% em outubro, depois de terem subido 8,20% em setembro.

Entre as altas, o maior impacto foi do grupo de saúde, com os planos de saúde subindo 1,44%, e os itens de higiene pessoal, 1,1%.

Veja os resultados por grupo:

  • vestuário (1,43%)
  • saúde (0,8%)
  • despesas pessoais (0,57%)
  • habitação (0,28%)
  • alimentação e bebidas (0,21%)
  • artigos de residência (-0,35%)
  • comunicação (-0,42%)
  • transportes (-0,64%)

Alimentação fica mais cara

Após recuar em setembro, o grupo de alimentação e bebidas subiu, com alta na alimentação dentro e fora do domicílio (0,14% e 0,37%, respectivamente).

Os alimentos que mais subiram foram:

  • frutas (4,61%)
  • cebola (5,86%)
  • tomate (6,25%)
  • batata-inglesa (20,11%)

Já o leite longa vida (-9,91%) e o óleo de soja (-3,71%) registraram queda.

Como é calculado o IPCA-15? O indicador, que leva em consideração 465 subitens de produtos e serviços, capta a inflação para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.