Bolsonaristas atacam banco Itaú após herdeira entrar na equipe de Lula
Bolsonaristas estão indo às redes sociais para atacarem e até pedirem o boicote do banco Itaú após o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) apresentar o nome de Maria Alice Setubal, presidente do conselho consultivo da Fundação Tide Setubal e umas das herdeiras do grupo Itaú, para atuar no gabinete de transição do novo governo na área de Educação.
Maria Alice Setubal, também conhecida como Neca Setubal, de 71 anos, tem uma carreira de anos de atuação na educação pelo terceiro setor, além de ser herdeira e ex-acionista do Itaú Unibanco, com fortuna estimada em R$ 1,8 bilhão, de acordo com uma lista da Forbes de 2021.
O Itaú Unibanco, por sua vez, disse em nota que a herdeira nunca atuou na administração do banco e que "não faz mais parte do grupo de acionistas que controlam o Itaú". O banco também ressaltou que a decisão de integrar o governo de transição é "de caráter exclusivamente pessoal" de Neca Setubal. Leia a íntegra:
"O Itaú Unibanco é uma organização que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento do Brasil, atuando sempre de forma apartidária, sem apoiar candidatos ou partidos específicos. Dentro desse contexto, o banco esclarece que a participação da Neca Setubal na equipe de transição do futuro governo não tem qualquer relação com o Itaú. Neca dedicou sua vida à área da educação, nunca tendo atuado na administração do banco, e não faz mais parte do grupo de acionistas que controlam o Itaú. Sendo assim, sua decisão é de caráter exclusivamente pessoal, sem relação com o banco."
Voto declarado no segundo turno. Ao Estadão Conteúdo, em outubro, a socióloga disse que não é "petista de carteirinha", mas resolveu declarar voto a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. Para ela, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) é responsável por um "desastre" no ensino público do País.
Quem é Neca Setubal, socióloga e herdeira do Itaú na equipe de transição
Representante de uma das mais ricas famílias do Brasil e filha de Olavo Setubal, ela afirmou ao jornal na ocasião que sentia "tristeza profunda" ao ver declarações de voto a Bolsonaro entre a elite. "É uma incapacidade de perceber o que para mim é muito óbvio, que todos ganham com uma sociedade com menos desigualdade. Mas tem pessoas que não querem ser iguais, elas querem manter as diferenças."
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