EUA: Avon é condenada a pagar R$ 212 mi a idosa por talco cancerígeno
A empresa de cosméticos Avon vai indenizar em US$ 40 milhões (cerca de R$ 212,3 milhões) uma americana de 76 anos que culpou um talco da marca por causar câncer nela. As informações são da agência de notícias Bloomberg.
O produto contém amianto, um minério prejudicial à saúde e reconhecidamente cancerígeno por cientistas, segundo a conclusão do júri da Califórnia, nos Estados Unidos.
A indenização é para que a idosa, identificada como Rita Chapman, cubra as despesas médicas contra um tumor que se desenvolveu no mesotélio, uma camada que reveste internamente o tórax, abdome e o espaço em torno do coração.
Apesar da condenação, esse mesmo júri ainda vai avaliar se a Avon deverá pagar também por danos punitivos, um valor indenizatório por conduta ultrajante ou para impedir que a empresa ou outros se envolvam em conduta semelhante no futuro.
Procurada pelo UOL, a Avon disse que seus produtos são "sempre rigorosamente testados".
Estamos decepcionados com o veredicto e buscaremos todos os meios disponíveis para apelar. A Avon discorda dessa decisão, que ainda não é final e contra a qual recorrerá para buscar sua reversão.
Avon teria escondido risco. Ainda de acordo com o júri da Califórnia, a marca de cosméticos sabia que o talco podia causar câncer, mas não alertou seus consumidores sobre o problema.
A avaliação foi a de que a empresa agiu com "malícia, opressão ou fraude".
Em 2020, a Avon enfrentou 130 processos envolvendo esse talco, segundo os documentos que constam nos autos das investigações.
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