Prévia da inflação oficial sobe 0,52% em dezembro e fecha o ano em 5,9%
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação, ficou em 0,52% em dezembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em novembro, o índice foi de 0,53%.
Com o resultado deste mês, o IPCA-15 fechou o ano com alta acumulada de 5,9%. A inflação oficial (IPCA) de 2022 será divulgada em 10 de janeiro.
O que mais subiu no mês
Entre os nove grupos pesquisados, sete tiveram alta em dezembro, com Transportes (+0,85%) e Alimentação e Bebidas (+0,69%) sendo responsáveis pelo maior impacto.
Contribuíram para a inflação de dezembro no grupo Transportes:
- passagens aéreas (+0,47%), que haviam recuado quase 10% no mês anterior
- combustíveis (+1,79%), em especial, a gasolina (+1,52%) e o etanol (+5,44%)
Somente óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) registraram queda nos preços.
A alta dos alimentos foi puxada por:
- cebola (+26,18%)
- tomate (+19,73%)
- arroz (+2,71%)
- carnes (+0,92%)
Entre as quedas, destaque para o leite longa vida (-6,10%), que registrou redução dos preços pelo quarto mês consecutivo. Mesmo assim, o produto encerra 2022 com alta acumulada de 25,42%.
Vilões da inflação no ano
Em 2022, o grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais pressionou o IPCA-15, com alta de 11,96% desde janeiro. Entre as maiores altas, destacam-se:
- cebola (+166,37%)
- farinha de mandioca (39,3%)
- batata inglesa (+29,12%)
- leite longa vida (25,42%)
- feijão carioca (+20,04%)
Depois, vem o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que subiu 11,24% no ano. Contribuíram para este resultado as altas em Higiene Pessoal (+16,59%), Produtos Farmacêuticos (+13,38%) e Planos de Saúde (+6,89%).
Como é calculado o IPCA-15?
O IPCA-15 leva em consideração 465 produtos e serviços e mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.
O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. A diferença está apenas no período de coleta dos preços e nas cidades pesquisadas.
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