Poderíamos ter juros menores não fossem ruídos do governo, diz economista
Durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Lula chamou de "vergonha" a Selic estar a 13,75%. Para Felipe Salto, ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, a taxa básica de juros da economia já estaria mais baixa não fossem as declarações do próprio presidente. O economista afirmou, em entrevista ao UOL News nesta terça, que os ruídos entre as falas do petista e as ações de sua equipe econômica causam instabilidade no mercado.
Se o governo estivesse deixando o ministro Fernando Haddad seguir na linha que preanunciou em janeiro, com o início das medidas, poderíamos estar discutindo a redução dos juros. A taxa de câmbio estaria mais baixa, com o dólar abaixo de R$ 5, não fossem os ruídos que vão sendo produzidos. Felipe Salto, economista
Salto ainda ressaltou que já seria possível reduzir a Selic, mas não da forma drástica como Lula sugere em suas declarações.
Há uma série de componentes pelo lado da inflação que já mostram uma descompressão importante, o que permitiria ao Banco Central reduzir os juros, mas não com essa confusão que se faz do ponto de vista político e da falta de uma sinalização mais clara de ajustes pelo lado da despesa.
Josias: Operações da PF têm de desaguar em condenações igual aos EUA
A Polícia Federal prendeu hoje quatro pessoas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Josias de Souza comparou as ações realizadas pela PF às das autoridades dos Estados Unidos após a invasão do Capitólio. Para o colunista, que citou as declarações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes sobre a rapidez no andamento das investigações, não basta prender; também é preciso julgar e condenar na mesma velocidade.
Isso é verdade. Aqui, as prisões se deram com muito mais rapidez, mas são provisórias e não foram acompanhadas de sentenças condenatórias. Nos EUA, há dezenas de condenações. É preciso esperar para que essas operações resultem em um bom lote de condenações. Só então poderemos nos vangloriar de termos realizado um trabalho mais eficiente do que nos EUA. Josias de Souza, colunista do UOL.
Lula virou o líder da oposição ao governo Lula, diz Josias
Com declarações que contribuem para a instabilidade do mercado financeiro e a falta de alinhamento nos discursos do presidente e de sua equipe econômica, Josias vê o petista agir contra o seu próprio governo.
Está ficando monótono. Os auxiliares econômicos do governo remam em uma direção e o presidente impulsiona a embarcação no sentido contrário. Ainda não surgiu alguém capaz de explicar esse comportamento do Lula. Seja qual for, a estratégia não está funcionando. A única certeza é que o Lula está se tornando o principal líder da oposição ao governo Lula. Josias de Souza, colunista do UOL
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