Ruído do governo Lula tornou inflação e juros imprevisíveis, diz consultor
Consultor do mercado financeiro e comentarista de finanças na rádio CBN, Luiz Gustavo Medina afirmou no UOL News que o Banco Central está fazendo um "bom trabalho" e que poderia haver cortes de juros no meio do ano, mas que o governo precisa ajudar.
Da eleição para cá, começou um ataque que atrapalha tudo, porque mina a função e credibilidade do Banco Central, ataca o sistema de metas de inflação, gera caos, ruído e imprevisibilidade. O Banco Central fez um trabalho muito bom nessa primeira parte de desinflação, que é tirar essa inflação de 12% para até 5,5%".
O Banco Central cortará os juros se a gente baixar essa temperatura que fica minando a credibilidade e tornando as expectativas piores do que estavam. Criticar o trabalho do Banco Central é legítimo, mas passou muito do ponto. Algumas falas mostram total desconhecimento do que está acontecendo".
Apesar disso, o especialista considera que está ocorrendo um processo "desinflacionário".
Brasil é o país que primeiro subiu a taxa de juros, passando de 2% pra quase 14% em um ano e meio. Com essa pancada nos juros que o Banco Central fez no ano passado e retrasado, a inflação cedeu. Em 12 meses, já foi 10%, já foi 12%, caiu para 10% de novo, depois foi para 8% e agora está abaixo de 6%, mostrando que está acontecendo um processo desinflacionário".
Ataques de Lula ao BC pioram índices que mais apertam a vida dos brasileiros, diz Joel Pinheiro
O comentarista Joel Pinheiro avalia que críticas e dúvidas do presidente da República em relação ao Banco Central são legítimas, mas ponderou que há um limite.
Vou pintar dois cenários aqui: imagina se o Lula tivesse falado 'olha, acredito que o Banco Central está exagerando em manter essa taxa de 13,75% até o fim do ano, entendo que há incertezas fiscais, mas também entendo que o Banco Central é independente e não cabe a mim determinar a taxa de juros'. Não foi isso que ele fez, Lula acusou o Banco Central dando até a entender que poderia acabar com a autonomia do BC".
Para Joel, isso afeta a imagem externa do Brasil em relação aos investidores.
Para muitas pessoas de fora do Brasil, como investidores que não acompanham o dia a dia no Brasil, qual o efeito desse comentário? Aumentar instabilidade, aumentar imprevisibilidade da economia brasileira, subir marginalmente os juros de longo prazo, tendo impacto no câmbio e na inflação".
Sakamoto: Dilma no Banco dos Brics fortaleceria imagem do Brasil no bloco
O colunista Leonardo Sakamoto considera que há condições de Dilma Rousseff assumir o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), conhecido como Banco dos Brics.
Lula defende essa indicação: ela tem contatos, é ex-presidente e fortaleceria a imagem do Banco dos Brics. Colocar Dilma ali seria uma forma política de mostrar que o Brasil apoia os Brics".
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