O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli afirmou durante sua participação no UOL News desta segunda-feira (27) que o atual mandatário da Petrobras, Jean Paul Prates, tem como primeiro desafio mudar o plano estratégico da empresa.
A empresa precisa voltar a ser uma grande empresa, integrada, que atua em diversas etapas da produção. A Petrobras se encolheu, hoje é uma empresa praticamente focada na produção do pré-sal brasileiro, uma empresa que está exportando muito o petróleo cru e precisa voltar a crescer o refino.
Gabrielli ainda afirmou que o presidente da estatal deve fazer um esforço para "abrasileirar" o preço do combustível.
Nos últimos 20 dias, o preço internacional da gasolina caiu nos Estados Unidos. Se o preço caiu nos EUA e a Petrobras aumentou o preço da gasolina no dia 25 de janeiro, um aumento de 7,5%, ele tem espaço para reduzir na refinaria. Obviamente ele vai sofrer a pressão dos acionistas, que querem ganhar mais.
Sakamoto: Lula cede aos pedidos da Fazenda, mas deixa gás de cozinha e diesel de fora
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto comentou a decisão do governo Lula em voltar a onerar os combustíveis. Para Sakamoto, ao deixar gás de cozinha e diesel de fora, Lula está protegendo parte da população. Segundo ele, o governo estava sendo pressionado dos dois lados.
Tem uma pressão politica porque tem muita gente preocupada que a reoneração da gasolina e do etanol vai causar um impacto na inflação logo no início do seu governo, e uma parte, inclusive do PT, estava tentando evitar que isso acontecesse.
Lula acabou cedendo aos pedidos do Ministério da Fazenda, mas deixou o diesel e o etanol de fora.
Bolsonaro agora 'passa pano' para os golpistas que incentivou, diz Sakamoto
Em participação no UOL News, Sakamoto também criticou declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que os golpistas presos no dia 8 de janeiro são "tratados como terroristas", afirmando que alguns são "chefes de família, senhoras, mães, avós".
Para Sakamoto, Bolsonaro agora tem "passado pano" para aqueles que ele mesmo incentivou.
Bolsonaro defende terroristas, golpistas presos. Ou seja, ele defende o seu pessoal, os seus seguidores.
Ele está defendendo um pessoal que, ao longo de quatro anos ele meteu na caixola dia e noite que o país estava a beira de uma dominação comunista interplanetária, com bilionários chineses, com pedófilos norte-americanos, com Leonardo DiCaprio, para tomar a liberdade das pessoas...
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