Publicidade movimentou R$ 21,2 bi no Brasil em 2022; digital cresce
Os investimentos em publicidade no Brasil chegaram a R$ 21,2 bilhões em 2022, segundo o estudo Cenp-Meios, produzido pelo Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão). O Cenp reúne os principais anunciantes, veículos de comunicação e agências de propaganda do país.
O painel, divulgado hoje (09), aponta um crescimento de 7,6% no total de investimento em mídia, quando comparado com o apurado em 2021 (R$ 19,7 bilhões).
Ainda assim, os números não são absolutamente comparáveis, uma vez que em 2022 o estudo levou em consideração os dados de 326 agências, enquanto que, em 2021, 298 empresas participaram do levantamento.
Digital é destaque entre meios
O painel de 2022 do Cenp-Meios ainda apresenta a divisão do bolo publicitário no período, liderado pela TV aberta e internet:
- A internet teve um incremento de 15% nos investimentos feitos pelas agências em campanhas digitais em relação a 2021.
- As ações digitais agora, abocanham 35,7% dos investimentos publicitários feitos pelas maiores agências do país. No relatório de 2021, este número era de 33,5%.
- O relatório ainda desmembra o investimento realizado na internet em cinco categorias: áudio (0,3%), vídeo (5,7%), busca (5,8%), social (20,3%) e display/outros (67,9%).
- Por outro lado, os investimentos em TV aberta, líder do ranking por setor, caíram de 45,4% do total para 41,7%, uma queda de 3,7% no total de investimentos de 2021 para 2022
Confira como ficou dividido o investimento publicitário em 2021:
- Televisão aberta: R$ 8,86 bilhões (41,7% do total)
- Internet: R$ 7,59 bilhão (35,7% do total)
- Mídia exterior: R$ 2, 16 bilhão (10,2% do total)
- Televisão por assinatura: R$ 1,34 bilhão (6,3% do total)
- Rádio: R$ 778,9 milhões (3,7% do total)
- Jornal: R$ 355,6 milhões (1,7% do total)
- Revista: R$ 90,7 milhões (0,4% do total)
- Cinema: R$ 53,6 milhões (0,3% do total)
- Total: R$ 21,24 bilhões
Dados confirmam recuperação do mercado
Segundo a entidade, os dados confirmam a percepção de recuperação do mercado publicitário nacional, que sofreu com os efeitos da pandemia em 2020 e 2021.
O crescimento anual, porém, foi menor do que o registrado no 1º semestre do ano passado, quando o incremento atingiu 12,5% se comparada com 2020. Para o Cenp, questões como a instabilidade com a então definição de um novo governo, o horário eleitoral nas grades de programação e a Copa do Mundo fora da época, que canibalizou investimentos da Black Friday e do Natal, estão entre as razões que explicam este cenário.
Foi um ano de retomada das atividades econômicas, mas de muitas incertezas provocadas tanto pelas eleições quanto por fatores externos. Mesmo assim, os investimentos publicitários tiveram crescimento acima da inflação. Ninguém se levanta de manhã para ver propaganda. E, ainda sim, nunca se consumiu tanta mídia neste País.
Luiz Lara, presidente do conselho do Cenp
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