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UBS faz oferta de até US$ 1 bilhão para compra do Credit Suisse

Oferta do UBS foi comunicada neste domingo (19), no valor de 0,25 francos suíços (R$ 1,43) por ação - Rafael Wiedenmeier/iStock
Oferta do UBS foi comunicada neste domingo (19), no valor de 0,25 francos suíços (R$ 1,43) por ação Imagem: Rafael Wiedenmeier/iStock

Do UOL, em São Paulo

19/03/2023 11h11Atualizada em 19/03/2023 12h02

O UBS AG fez uma oferta de até US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,28 bilhões, pela cotação atual) para comprar o concorrente Credit Suisse, o principal envolvido na turbulência causada pelo colapso dos bancos americanos Silicon Valley Bank e Signature Bank.

O governo da Suíça quer mudar as leis para evitar que a negociação tenha que passar pelos acionistas, segundo informações do jornal britânico Financial Times. O acordo deve ser assinado ainda hoje, também para evitar novas oscilações do Credit Suisse na Bolsa na segunda (20).

A situação é emergencial, mas não há garantia de que os termos permanecerão os mesmos ou que um acordo será firmado, de fato, acrescentaram as fontes ouvidas pelo FT.

Valor proposto

A proposta de pagamento, que será feito com ações do UBS, é de 0,25 francos suíços (R$ 1,43) por ação do Credit Suisse. O valor está muito abaixo do fechamento das ações do Credit na sexta, de 1,86 francos suíços (R$ 10,64).

O contato entre os dois bancos foi limitado, e os termos do acordo foram fortemente influenciados pelo Banco Central da Suíça (SNB) e pelo regulador Finma. O Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) deu aval para o andamento do acordo.

Procurados pelo FT, SNB, UBS, Credit Suisse e Finma não quiseram comentar.

Exeutivos do Credit Suisse se reuniram neste fim de semana para avaliar as opções para o banco, segundo publicou a agência Reuters.

Houve vários relatos de concorrentes interessados. A Bloomberg noticiou que o Deutsche Bank, por exemplo, estava analisando a possibilidade de comprar alguns dos ativos do Credit Suisse.

Ajuda de R$ 54 bilhões

O preço das ações do Credit Suisse oscilou muito durante a semana, e o banco foi forçado a pedir uma ajuda de US$ 54 bilhões ao Banco Central suíço.

O clima na Suíça, há muito considerado um ícone da estabilidade bancária, era de melancolia. Enquanto isso, os executivos lutam com o futuro dos maiores credores do país.

"Bancos em estresse permanente" era a manchete da primeira página do jornal Neue Zuercher Zeitung no sábado.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)