Plano de recuperação das Americanas tem aporte de R$ 10 bi e venda de avião
As Americanas finalizaram hoje o plano de recuperação judicial que deve ser apresentado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A rede varejista tem dívidas de R$ 42,482 bilhões e 9.462 credores.
O que prevê o plano de recuperação judicial:
- Aumento de capital de R$ 10 bilhões a ser feito pelos principais acionistas. São eles os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
- Haverá ainda um leilão para antecipação do pagamento de créditos até o limite de R$ 2,5 bilhões em até 60 dias. O tempo será contado a partir da conclusão do aumento de capital.
- Conversão da dívida em ações até o limite de 10 bilhões. A companhia vai ainda emitir nova dívida, de R$ 5,9 bilhões para pagamento de parte do saldo remanescente --para cada R$ 1,00, o credor deverá receber R$ 0,587 em debênture.
- Venda dos principais ativos no portfólio. Grupo Uni.Co (dona das redes Puket, Imaginarium e Love Brands), Hortifruti e Natural da Terra.
- A companhia também vai vender uma aeronave. O modelo é um EMB-505, fabricada pela Embraer em 2014.
- Esse plano é semelhante ao que foi proposto em fevereiro, mas o valor do aporte foi aumentado de R$ 7 bilhões para R$ 10 bilhões. A decisão deu-se depois de os bancos afirmarem que a proposta anterior era insuficiente.
A maior dívida das Americanas é com bancos privados (R$ 19,5 bilhões). O Bradesco é o principal credor (R$ 5,1 bilhões). A lista segue com Santander (R$ 3,6 bilhões), BTG (R$ 3,5 bilhões), Itaú (R$ 2,7 bilhões) e Safra (R$ 2,5 bilhões). Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa (R$ 500 milhões) também integram a lista.
A disputa com o BTG tem sido uma das mais intensas no caso. O banco de André Esteves foi o único a conseguir bloquear recursos da varejista (R$ 1,2 bilhão).
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