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Após casos de racismo, Carrefour diz que metade dos funcionários são negros

O Grupo Carrefour divulgou um comunicado oficial nos canais de televisão - Reprodução/YouTube/CNN Brasil
O Grupo Carrefour divulgou um comunicado oficial nos canais de televisão Imagem: Reprodução/YouTube/CNN Brasil

Do UOL, em São Paulo

11/04/2023 21h44Atualizada em 11/04/2023 22h08

O Grupo Carrefour divulgou um comunicado oficial em canais de televisão na noite de hoje após a divulgação de novos casos de racismo na rede.

O que aconteceu:

A empresa narra, no comunicado, que os casos são "lamentáveis" e reafirmou a sua "tolerância zero com o racismo". O Carrefour disse ainda que prestou "respeito e solidariedade" aos ofendidos.

O grupo disse que seu compromisso "vai além do discurso" e citou que nos últimos dois anos implementou mais de 50 ações antirracistas, e tem o "maior projeto de bolsas de graduação, mestrado e doutorado para pessoas negras".

O Carrefour ainda afirmou que terá o primeiro curso superior para agentes de segurança antirracistas, além do Programa Racismo Zero, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares.

Metade dos nossos 150 mil colaboradores são (sic) negros. 40% da liderança são pessoas negras. E queremos mais. Criamos o Poder, um programa de crescimento inédito interno aberto a todos os colaboradores negros. A luta antirracista não começou ontem e não termina amanhã. Faremos uma grande mobilização de combate ao racismo. Com toda a sociedade. Queremos um Brasil antirracistas e precisamos do Brasil com a gente."
Carrefour em comunicado transmitido na TV

A empresa ainda divulgou o site da empresa com os detalhes das ações antirrascistas tomadas pelo grupo.

Casos de racismo envolvendo a empresa

Vinícius de Paula, marido da jogadora da seleção brasileira de vôlei Fabiana Claudino, acusou o Carrefour Brasil de racismo na unidade Alphaville, em São Paulo, na sexta-feira (7). Vinícius é negro.

Ainda na semana passada, a professora Isabel Oliveira ficou apenas com roupas íntimas em uma unidade do mercado Atacadão, em Curitiba, para denunciar racismo que teria sofrido de um segurança. A empresa nega. O Atacadão é do grupo Carrefour.

Em 2020, João Alberto, 40 anos, morreu após ser espancado por dois seguranças no estacionamento do Carrefour, na unidade da zona norte de Porto Alegre. A vítima também era negra.