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Shein vai nacionalizar 85% das vendas e prevê 100 mil empregos no Brasil

Shein anunciou plano para investir mais no Brasil - Getty Images
Shein anunciou plano para investir mais no Brasil Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

20/04/2023 12h17Atualizada em 20/04/2023 14h59

A Shein anunciou que vai nacionalizar 85% da sua venda de produtos e prevê criar 100 mil novos empregos em três anos no Brasil.

O que aconteceu?

Varejista afirmou que planeja parcerias com 2 mil fabricantes locais. Segundo a empresa, serão investidos inicialmente uma quantia de R$ 750 milhões em tecnologia e treinamentos para produção têxtil.

O objetivo da companhia é vender produtos com a marca Shein. "Isto permitirá aos produtores locais gerenciar melhor os pedidos, reduzir o desperdício e diminuir o excesso de estoque, resultando em uma maior agilidade para responder à demanda do mercado", afirmou a empresa em nota.

O anúncio havia sido antecipado por Fernando Haddad mais cedo. O ministro se reuniu durante a manhã com representantes da empresa varejista.

Haddad disse que o site chinês prometeu aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. "Vão aderir ao plano, desde que a regra valha para todo mundo. Essa é a única contrapartida nossa."

"Segundo eles, se a regra valer para todo mundo, eles vão absorver os custos dessa conformidade, sem passar para o consumidor", disse o ministro.

Eles estavam acompanhados do presidente da Fiesp, que, em virtude do anúncio da criação de empregos e dos investimentos no Brasil, ele fez questão de acompanhá-los, inclusive para testemunhar esses compromissos."

O encontro de Haddad com representantes da Shein contou com a presença do vice-presidente executivo, Donald Tang, e do CEO da empresa no Brasil, Yuning Liu, segundo a agenda do ministro.

Governo recuou de isenção de compras internacionais

Após repercussão negativa, o governo federal recuou na terça-feira (18) e decidiu manter a isenção para compras internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas.

Na ocasião, Haddad disse que Lula pediu a ele que a questão fosse resolvida administrativamente.

Até então, o governo tinha apoio da Shopee e da AliExpress para manter a isenção. Sem citar nomes, Haddad disse na terça que "o grande problema" estava concentrado em uma varejista.

Segundo a Receita Federal, as empresas estão usando a regra atual de distinção na cobrança de impostos de maneira fraudulenta.