Conteúdo publicado há 11 meses

123milhas: Procon de SP abre investigação após passagens suspensas

O Procon de São Paulo informou hoje que iniciou uma investigação contra a empresa de viagens 123milhas, após a companhia anunciar ter suspendido a emissão de passagens aéreas anunciada em pacotes promocionais.

O que aconteceu:

A diretoria de fiscalização do Procon-SP considerou que a 123milhas não respondeu "de forma satisfatória" os questionamentos preliminares feitos pelo órgão, por isso decidiu instaurar um procedimento de investigação contra a empresa.

O Procon-SP questionou quais eram as causas para a companhia suspender "unilateralmente" as compras dos clientes. Ainda, o órgão de defesa dos consumidores quis saber quais as providências, impactos e soluções apresentadas aos afetados.

Agora, será feita a análise das reclamações registradas por consumidores no Procon-SP "para apurar eventuais irregularidades e a possibilidade de imposição de sanções", que podem ser, por exemplo, aplicação de multa.

Por fim, o órgão recomendou que os consumidores façam, inicialmente, contato direto com a 123milhas para solicitar o cumprimento da oferta, "avaliando, com muito cuidado, toda e qualquer contraproposta ou compensação que for eventualmente oferecida, reforçando que a escolha será sempre do consumidor".

Os clientes que não obtiverem sucesso em acordos podem registrar reclamações nos Procons. Em caso de necessitar de mais urgência, os consumidores podem acionar a Justiça, ressalta o órgão.

Relembre o caso

A 123milhas anunciou na sexta-feira (18) que não vai emitir passagens da linha promocional com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023, e que a linha "Promo" foi suspensa temporariamente.

A companhia informou que os clientes não poderão ser ressarcidos em dinheiro, e sim em vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de passagens, hotéis e pacotes.

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A gigante do turismo justificou a decisão devido à "persistência de circunstâncias de mercado adversas, alheias à nossa vontade".

Nesta semana, o MPF (Ministério Público Federal) enviou um ofício à empresa solicitando que o presidente da companhia, Ramiro Júlio Soares Madureira, responda sobre a possibilidade de reembolsar em dinheiro os clientes que compraram a linha promocional da 123milhas e que deveriam viajar entre setembro e dezembro deste ano.

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