Não é só a Heineken: Rússia tem debandada de empresas ocidentais pós-guerra
A Heineken anunciou na sexta-feira que concluiu a venda de suas operações na Rússia. Com isso, a marca deixou definitivamente o país governado por Vladimir Putin. A Heineken tinha sete cervejarias na Rússia, empregando 1.800 funcionários.
A empresa não é a única: segundo levantamento do Yale Chief Executive Leadership Institute, da Universidade de Yale, nos EUA, mais de mil empresas anunciaram publicamente que reduziriam suas operações na Rússia após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
No ano passado, por exemplo, o McDonald's anunciou o fechamento de 850 lojas no país.
De acordo com o monitoramento, a maior parte das empresas (32%) que está deixando o país é originária dos EUA. Outros 10,6% são empresas do Reino Unido; 7,8%, da Alemanha; e 4,8%, da Finlândia.
Lista tem multinacionais
O levantamento aponta que 533 empresas deixaram completamente a Rússia. Entre elas estão a Adidas, a American Airlines, a Cisco, a Ford, a IBM e a Uber.
Outras 504 restringiram as suas operações, mas deixaram abertas possibilidades para retornar ao país. É o caso da Acer, da 3M, da Air France, da Amazon, da Audi e da BMW.
Mais 154 empresas, entre elas a Coca-Cola e a PepsiCo, estão reduzindo algumas operações, mas continuando outras.
Já Bayer, Bosch, Toshiba e outras 173 empresas adiam planos de investimentos, ainda que continuem com seus negócios no país. O levantamento ainda incluía nesse grupo a Heineken, que acaba de anunciar que deixará o país.
Como é feito o levantamento
O monitoramento é feito pelos especialistas do instituto por meio de documentos, comunicados das empresas, relatórios financeiros e reportagens da imprensa, além de informações de fontes não oficiais.
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