Conteúdo publicado há 3 meses

Após relato, Procon-DF diz que noiva pode contratar maquiagem que quiser

O Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) do Distrito Federal afirmou que noivas podem contratar o serviço de maquiagem que desejarem. A declaração ocorreu após uma noiva dizer que teve que mentir para conseguir fazer uma maquiagem social no DF.

O que aconteceu

"A noiva está correta em querer contratar apenas a maquiagem social para o seu casamento". Segundo o Procon-DF, a noiva poderia ainda dizer a sua decisão ao estabelecimento ou salão, sem "represálias". A esteticista Bruna Eloísa relatou em vídeo que não conseguiu encontrar nenhuma maquiadora que aceitou o serviço de "maquiagem social" para a cerimônia e precisou mentir para a última profissional. A opção escolhida por Bruna é indicada para convidadas e mais barata do que a preparação especial para as noivas.

Estabelecimento e profissional não poderiam recusar atendimento, explica órgão. Para o Procon-DF, a situação que Bruna vivenciou para a prestação de serviços poderia ser considerada como "prática abusiva", quando uma empresa/profissional coloca os clientes em situação de desvantagem, por atrelar a data ou evento, a um produto ou serviço, mesmo diante de pronto pagamento do interessado. Ou seja, negar o serviço e a atrelar o casamento a um tipo único de "pacote" disponível para noivas e noivos. A prática abusiva está prevista no CDC (Código de Defesa do Consumidor).

Consumidores podem denunciar. Os clientes que se sentirem lesados pelo não fornecimento de serviços que desejam adquirir podem procurar o Procon-DF ou o órgão em sua região para denunciarem o caso.

Entenda o caso

Cliente decidiu esconder que era noiva para conseguir que alguma profissional fizesse o serviço que ela desejava. Ela contou no TikTok que procurou o serviço com o menor valor porque não queria uma grande produção. "Entrei em contato com várias maquiadoras e nenhuma poderia fazer uma make social para uma noiva. Só tinha pacote de noiva, com aquele monte de mimos. Eu só queria uma make e ir embora", relatou a esteticista.

Preços saltavam de R$ 160 para R$ 480 se a maquiagem fosse para uma noiva. Segundo Bruna, foi por isso que decidiu omitir a informação do casamento. "Entrei em contato com outra, gostei da maquiagem no Instagram e marquei. Em nenhum momento ela me perguntou se eu era noiva. Eu só falei que queria essa maquiagem, ela me deu o valor e marquei. Quando eu cheguei lá, ela me perguntou se eu era noiva e eu falei que não, porque, senão, já viu, né? E era o dia do meu casamento".

A maquiadora Jey Abrantes alegou que se sentiu lesada após ver fotos do casamento de Bruna nas redes sociais. Também nas redes, a profissional da beleza declarou que a cliente teria alegado que a maquiagem social seria para um batizado. "Ela relatou aqui, no dia [da produção] que ia para um batizado. E a amiga que estava com ela disse que ia para um casamento, que era o casamento dela", contou a profissional. Ela também publicou um vídeo, no dia 24, após a repercussão do caso.

Jey ponderou que ninguém é obrigado a pagar mais caro, mas explicou a diferença do preço. Ela disse que as noivas têm direito a regalias e presentes e que, por um preço menor, não pode oferecer isso.

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A maquiadora finalizou o relato acusando a noiva de repercutir na internet ao expor uma mentira. "Mas a verdade é que, para mim, ela já começou um casamento muito errado. Queria receber um matrimônio, mas receber o matrimônio em função de mentiras, né? O que não era necessário de forma alguma. Eu acho que a mentira é um dos maiores problemas e eu não gosto de mentira não só como profissional, acho que na vida, né? Qualquer mentira aí afeta muito nosso coração, nosso psicológico", concluiu.

Maquiadora ressalta que fala do Procon-DF não se relaciona com ela. Nesta terça-feira (30), Jey esclareceu aos seguidores no Instagram que a declaração do órgão é sobre uma lei que já existe e que ela cumpre em seus trabalhos, não sendo algo criado em razão do ocorrido com a noiva.

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